Nesta quarta-feira (17), o ministro da Educação, Milton Ribeiro confirmou a fala do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021 terá “a cara do governo“. No entanto, detalhou o que isso significaria: "no sentido de competência, honestidade e seriedade".
“O Enem tem, sim, a cara do governo. Tem a cara do governo no sentido de competência, honestidade, seriedade… Essa é a cara do nosso governo. Não temos nenhum ministro preso, nenhum caso de corrupção”, disse o ministro na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.
Logo após essa declaração, Ribeiro foi interrompido por parlamentares que consideraram a fala como uma “provocação”.
Apesar de apoiar a manifestação do chefe do Executivo, o ministro negou que o governo federal tenha interferido no teor das provas. "Até por ordem de hierarquia, não posso achar que é anormal o ministro da Educação ter acesso à prova, mas abri mão disso. Em nenhum momento, houve interferência na qualidade ou na quantidade [de perguntas]. As questões fazem parte de um banco preparado [Banco Nacional de Itens] já em outras gestões", declarou.
O titular da Educação apareceu de surpresa na Câmara a fim de evitar uma eventual convocação para comparecer à comissão para prestar esclarecimentos sobre as recentes demissões no Instituto Nacional de Pesquisas Anísio Teixeira (Inep) às vésperas do Enem.
Segundo Ribeiro, as demissões dos coordenadores decorrem exclusivamente de discordâncias dos servidores com o pagamento de gratificações por cursos, a JEC. “A questão toda passa por questões de ordem administrativa que é a JEC, essa é a grande questão que foi levada em conta no posicionamento dos servidores do Inep”, ressaltou.
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