O ministro da Educação Milton Ribeiro negou a interferência de Jair Bolsonaro (sem partido) na prova do Enem. Em entrevista à CNN Brasil nesta terça-feira (16), ele garantiu o realização da prova nos dias 21 e 28 de novembro e que não tem como o presidente influenciar no teste.
“Quero afirmar a todos os estudantes e aos alunos e pais que nos ouvem que o Enem está garantido. As provas foram impressas há meses, já foram encaminhadas. Não há como interferir nem eu, nem o presidente do Inep, nem o presidente da República. Então, essa ideia de que houve interferência é uma narrativa de quem quer politizar a educação”, disse o ministro.
Durante o Fórum de Investimento em Dubai, nos Emirados Árabes, Bolsonaro deu uma declaração sobre o Enem e afirmou que a prova “começa a ter a cara do governo”.
“Ninguém precisa ficar preocupado, aquelas questões absurdas do passado que caíam tema de redação que não tinha nada a ver com nada. Realmente é algo voltado para o aprendizado”, afirmou o presidente.
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Ao longo da entrevista, Ribeiro foi questionado se é necessário perguntar ao presidente o que ele quis dizer quando afirmou que a prova começaria a ter "a cara do governo". Na visão do ministro, é cabível, mas nunca foi cobrado por Bolsonaro por isso.
"Essa é uma pergunta que caberia bem a ele [Bolsonaro] responder porque ele nunca me pediu nada, nunca sugeriu nada. Então, eu simplesmente estou aqui para desfazer uma narrativa. Ele falou a 'cara do governo' porque é o nosso governo. Nós temos feito da melhor maneira possível", afirmou.
Fies e ProUni
O ministro também confirmou que Fies (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior) e o ProUni (Programa Universidade para Todos) serão reeditados por Bolsonaro. A ação acontece pelo número de estudantes que não pagam o financiamento. Ribeiro alega que 50% dos estudantes com Fies não estão pagando o financiamento.
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