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Flickr/Ministério da Saúde
Flickr/Ministério da Saúde

Em coletiva de imprensa nesta terça-feira (7), o Governo Federal anunciou que tomará medida para reabrir as fronteiras do país. De acordo com o ministro Marcelo Queiroga, o principal motivo para a reabertura é a alta taxa de vacinação contra a Covid-19 no Brasil. 

O governo irá adotar apenas duas medidas: exigir teste negativo do tipo RT-PCR, realizado até 72 horas antes, para os passageiros que venham do exterior e desembarquem no Brasil, e uma quarentena de cinco dias para os indivíduos não vacinados que cheguem ao país, seguida de um teste RT-PCR (caso for negativo, passageiro é liberado).

Decisão vai numa linha diferente das sugestões feitas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O órgão sugeriu a Casa Civil uma maior restrição no acesso de estrangeiros ao país e a exigência de um certificado de vacinação completa (duas doses ou dose única da Janssen) contra a Covid-19, “que é o passaporte da vacina". Durante a coletiva, não houve citação desse documento.

"É necessário defender as liberdades individuais, respeitar os direitos dos brasileiros acessarem livremente as políticas públicas de saúde. E é assim, como falou o ministro Ciro Nogueira [Casa Civil], que já conseguimos imunizar com as duas doses cerca de 80% da população brasileira acima de 14 anos, a nossa população vacinável, mais de 175 milhões de habitantes", declarou Queiroga.

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"Não se pode discriminar as pessoas entre vacinadas e não vacinadas para a partir daí impor restrições. Até porque já se sabe que infelizmente a vacina não impede transmissão", completou o ministro.

Vale destacar que a vacina é a principal ferramenta para combater a Covid-19 e reduz as chances de um paciente desenvolver um quadro grave da doença. Dessa maneira, também diminui consideravelmente as chances de internação e morte.

Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou a Anvisa e distorceu a sugestão do órgão sobre a implementação do passaporte da vacina. Ele alegou que essa medida iria "fechar o espaço aéreo”, mas isso nem é de competência da agência.