Assim como aconteceu na véspera de Natal, o presidente Jair Bolsonaro (PL) fez um pronunciamento em rede nacional faltando poucos minutos para 2022. Em tom eleitoral, falou os números do governo em 2021, afirmou que não houve corrupção ao longo do mandado, atacou antigos ministros e as medidas de combate contra a Covid-19 impostas por governadores e prefeitos.
“Formamos um ministério com pessoas capazes para enfrentar todos os desafios. Ao longo do tempo, alguns nos deixaram por livre espontânea vontade, outros foram substituídos por não se encaixarem aos propósitos da maioria que me elegeu”, disse.
Dentre os projetos exaltados ao longo dos três anos de mandado, ele destacou o investimento em ferrovias e a facilitação na compra de armas e munições por parte da população.
Mesmo com mais de 100 pedidos de impeachment na Câmara e diversas acusações de crimes após investigações na CPI da Covid, o presidente voltou a afirmar que não há casos de corrupção dentro do seu governo.
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Para falar da pandemia, o presidente lembrou dos recursos enviados pelo Governo Federal para os estados e criticou as políticas de isolamento social.
“Com a política de muitos governadores e prefeitos de fechar comércios, decretar lockdown e toque de recolher, a quebradeira só não se tornou uma realidade porque nós criamos o Pronampe e o BEM, programas para socorrer as pequenas e médias empresas, bem como fomentar acordos entre empregadores e trabalhadores para se evitar demissões”, afirmou.
Mesmo reclamando do Auxílio Emergencial em diversas oportunidades, o presidente exaltou o programa e lembrou que ele foi fundamental para ajudar milhões de pessoas em 2020 e 2021.
Em relação à economia, Bolsonaro apresentou dados imprecisos quando disse que o Brasil termina 2021 com "um saldo de 3 milhões de novos empregos". De janeiro a novembro, foram abertas 2,99 milhões de novas vagas. Porém, o resultado de dezembro ainda não foi divulgado. Os números do último mês do ano costumam ser negativos e devem reduzir esse saldo.
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Quando falou sobre a vacinação, celebrou os números atingidos pelo Brasil em 2021, mas disse que a campanha só iniciou em janeiro porque não tinha vacinas disponíveis para comprar em 2020. Além disso, disse ser contra o passaporte de imunização e a imunização das crianças deve ser feita apenas com prescrição médica e autorização dos pais, algo que vai contra as recomendações da Anvisa.
Ao final do discurso, citou as situação na Bahia e de Minas Gerais, mas se limitou a dizer que enviou ministros para ajudar a população necessitada. Durante todo o período, ele ficou em Santa Catarina.
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