Durante um evento em João Pessoa, capital da Paraíba, neste sábado (15), o ministro Marcelo Queiroga (Saúde) disse que “não é um despachante de decisão da Anvisa”. Fala aconteceu após questionamento sobre a vacinação contra a Covid-19 em crianças entre 5 e 11 anos, que só começou hoje (um mês após autorização da agência).
"O Ministério da Saúde é quem conduz a política pública, e o ministro da Saúde é a principal autoridade do sistema de saúde do Brasil. E eu, como ministro da Saúde, procuro atuar de acordo com a administração pública: moralidade, legalidade, transparência, publicidade e impessoalidade. A história vai me julgar, e eu trabalho diariamente para ter um bom julgamento da história", disse Queiroga a jornalistas.
A fala do ministro acontece no maior momento de atrito entre governo federal e Anvisa. A última semana, o presidente Jair Bolsonaro (PL) questionou "o interesse da Anvisa por trás" da autorização da vacinação ao público infantil. O diretor Antonio Barra Torres publicou uma nota retrucando as declarações.
Até o final do mês, a Pfizer deve entregar cerca de 4,3 milhões de doses pediátricas ao Ministério da Saúde, que fará a distribuição aos Estados. O primeiro lote chegou na última semana.
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Dez estados brasileiros iniciaram a vacinação infantil contra a Covid-19 neste sábado (15). Doses pediátricas do imunizante da Pfizer/BioNTech foram aprovadas para as crianças de cinco a 11 anos de idade em dezembro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e o primeiro lote chegou ao Brasil na madrugada da última quinta-feira (13).
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