Notícias

‘Lamento, mas acontece todo dia’, diz Damares sobre estupro de menina Yanomami

Segundo relatos da comunidade, a jovem foi abusada e morta por garimpeiros


05/05/2022 15h21

A ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos Damares Alves (Republicanos) comentou nesta quinta-feira (5) sobre o estupro e morte de uma adolescente de 12 anos da comunidade Yanomami. A fala aconteceu durante entrevista ao UOL News.

A pré-candidata ao Senado pelo Distrito Federal disse que lamenta o ocorrido, no entanto, afirmou que casos como esse “acontecem todo dia”.

"Quando acontece casos como esse, as pessoas querem muito que a Damares se manifeste. Mas veja só: fui eu que falei sobre o estupro de crianças, inclusive estupro coletivo de crianças em áreas indígenas até mesmo em forma de ritual. Fui eu que levantei, no Brasil, lá atrás, em forma de debate, sobre a cultura nociva em alguns povos no Brasil", declarou.

Leia mais: Polícia Federal apreende 77 quilos de ouro avaliados de R$ 23 milhões no interior de SP

Segundo relatos da comunidade Yanomami, a menina foi abusada por garimpeiros. A denúncia do caso foi realizada por Júnior Hekurari Yanomami, líder indígena e presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kwana.

“Esse caso traz a questão do garimpo, mas quero lembrar que os garimpos estão em terras indígenas há mais de 70 anos, de forma irregular, e são muitas as violências. Esse caso dessa menina causou essa repercussão toda, e isso é muito bom porque a gente ainda vai conversar sobre violência sexual contra crianças indígenas. A gente não pode ser pautada por um só caso. Lamento, mas acontece todo dia”, disse.

A ex-ministra ainda afirmou que casos como esse não são isolados e que o país “tem que se levantar como um todo no enfrentamento à violência contra meninas e mulheres indígenas”.

Segundo Júnior Hekurari em uma rede social, “os garimpeiros a violentaram, estupraram, e isso ocasionou o óbito. O corpo da adolescente está na comunidade”. A menina tinha 12 anos

De acordo com os relatos do líder, o episódio teria ocorrido no final de abril. A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público (MP), a Fundação Nacional do Índio (Funai) e a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) estão investigando o caso em uma ação conjunta.

A Polícia Federal aponta não há indícios de “homicídio e estupro ou de óbito por afogamento”.

Leia também: Fiocruz anuncia que produzirá primeiro antiviral via oral contra a Covid-19 no Brasil

ÚLTIMAS DO FUTEBOL

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Linhas Cruzadas desta quinta-feira (5) discute se devemos boicotar os russos

Escolas Técnicas de São Paulo promovem atividades durante a Semana Paulo Freire

Ministério da Defesa pede que TSE divulgue sugestões das Forças Armadas para as eleições

“Nosso governo não tem denúncias consistentes sobre corrupção”, diz Bolsonaro

PGR pede que STF envie investigação sobre Milton Ribeiro para Justiça Federal de Brasília