Um grupo com cerca de 200 pessoas fez uma manifestação na Praça Júlio Prestes, no centro da capital paulista, neste domingo (15) em repúdio a morte de Raimundo Nonato Fonseca Junior, que foi baleado e morto em uma operação na Cracolândia na última quinta-feira (12).
A ação das autoridades tinha como objetivo prender traficantes e retirar dependentes químicos da praça Princesa Isabel, onde a maioria dos pessoas da Cracolândia estavam.
Raimundo morreu após ter sido atingindo com um tiro do tórax por volta das 21h de quinta-feira (12).Ele chegou a ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado para a Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos.
Participaram do ato movimentos ligados ao atendimento e promoção de bem-estar a moradoras em situação de rua e a dependentes químicos da região da Cracolândia. Também marcou presença a Pastoral do Povo da Rua, liderada pelo Padre Júlio Lancellotti.
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A manifestação foi pacifica e a Polícia Militar acompanhou as pessoas durante todo o tempo.
Autoridades identificaram autor do disparo
Investigadores do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) identificaram no último sábado (14) o policial que fez o disparo de arma de fogo na operação.
Ele é um integrante do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra) e se apresentou na sexta-feira (13), espontaneamente, junto com os outros dois colegas da equipe.
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Dois dos três policiais da equipe efetuaram disparos durante a ação: um com arma de fogo e outro de elastômero (bala de borracha).
A investigação também apura os motivos dos policiais terem efetuado o disparo de uma arma de fogo no meio de uma multidão, e porque eles não estavam com uniforme e equipamento do Garra.
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