Esta quarta-feira (25) marca os 30 anos da demarcação e da homologação da Terra Indígena Yanomami. Com uma área de aproximadamente 10 milhões de hectares nos estados do Amazonas e Roraima, o território atualmente se trata da maior reserva do Brasil.

Dividida entre quatro principais subgrupos (Yanomae, Yanõmami, Sanima e Ninam), a tribo conta com pelo menos 30 mil pessoas, que vivem em mais de 300 comunidades de difícil acesso na Floresta Amazônica.

No entanto, a dificuldade do acesso aos territórios indígenas não impede que garimpeiros ocupem as terras para realizar a prática ilegal. Recentemente, um relatório da Hutukara Associação Yanomami (HAY) acusou os invasores de exigirem ter relações sexuais com mulheres nativas, independentemente de sua idade, como moeda de troca por comida.

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A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), por exemplo, já classificou a condição dos indígenas como de "extrema gravidade e urgência" e alertou para o risco de "danos irreparáveis aos seus direitos no Brasil".

Dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que os alertas de desmatamento na Amazônia ultrapassaram os mil quilômetros quadrados em abril, recorde histórico para o mês.