Notícias

Bolsonaro diz que “fez sua parte” para evitar aprovação de urgência de PL das Fake News

Presidente ainda criticou os trechos dos projeto; segundo ele o projeto busca "fortalecimento econômico" da imprensa tradicional


27/05/2022 21h10

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a falar nesta sexta-feira (27) sobre o PL das Fake News, no qual é contra. Segundo o mandatário, ele trabalhou para barrar a transmissão do processo de urgência do projeto. Em abril, a Câmara dos Deputados rejeitou a urgência.

Formalmente conhecido como PL das Fake News: "Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet", o texto possui 42 artigos e tramita na Câmara dos Deputados. A medida tem o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) como relator, que defende a aprovação antes do pleito eleitoral em outubro.

O PL discute dois principais aspectos: a diminuição da disseminação de notícias falsas e o papel das grandes empresas, Facebook, Instagram e WhatsApp dentro da internet. O texto é visto como polêmico por todos atores envolvidos na medida, políticos, big techs e especialistas.

Leia mais: “Melhor estratégia para lidar com a desinformação é focar em quem financia", diz jurista sobre PL da Fake News

"Esse PL das Fake News, que não obteve urgência por apenas 9 votos, você tem que ter 257 votos 'sim' dentro do Congresso, que é metade mais um voto para que esse projeto entre na ordem do dia. Então faltavam apenas 9 votos. Eu entrei em campo. Fiz o que pude, não tenho ascendência no Parlamento, mas tudo muda. Até você tem contato com deputado, senador. Eu fiz a minha parte e por 9 votos esse projeto não ganhou urgência e não foi à votação”, disse.

No dia 6 de abril, a Câmara dos Deputados rejeitou um requerimento de urgência para votar o PL das Fake News. O processo de urgência acelera a tramitação da medida na Casa, uma vez que poderia ser votada diretamente no plenário, sem a necessidade de passar por comissões temáticas. Com a negativa, o projeto precisa seguir o ritmo tradicional: ser analisado em comissões, votado em plenário e, se aprovado, voltar ao Senado.

O processo de urgência recebeu 249 votos a favor e 207 contra, eram necessários 257 votos para o seguimento da elaboração.

"Então, a conclusão de tudo desse PL das Fakes News, que tiveram parlamentares que voaram equivocadamente a urgência do projeto. Conversei com vários. Por que você votou favorável a isso? Alguma explicação? Olha, uma deputada falou 'olha, eu tô aprendendo a votar de forma eletrônica, me equivoquei, errei, lamento', outros deputados erraram porque foi rapidamente. A grande maioria teve o interesse de atender um pedido de ministros, alguns do STF, que tinham interesse nessa matéria", disse.

Sem apresentar provas, o presidente declarou que o projeto busca "fortalecimento econômico" da imprensa tradicional.

"Esse projeto, entre outras coisas, busca o fortalecimento econômico da imprensa tradicional, além de garantir o monopólio da informação, ou seja, tudo que você postar tem que ter origem de um jornal órgão de imprensa oficial, Globo, Folha, isso é positivo. O que tu postar da sua cabeça passar a ser fake news", continuou.

Leia também: Fachin pede que governo do RJ ouça sugestões para reduzir mortes em ações policiais

ÚLTIMAS DO FUTEBOL

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

"Europeus se apoderam de invenções africanas", diz empresária guineense

“O continente africano tem 100% de influência na formação da nossa sociedade", afirma sociólogo

Após acréscimo de 15,5%, Queiroga afirma que governo não vai interferir em reajuste de planos de saúde

Prefeitura usa dinheiro da saúde e educação para pagar show de Gusttavo Lima

Senadores pedem que TCU apure suposto desvio na compra de tratores