Pondé compara socialismo burguês com movimentos "woke"
Segundo o filósofo, pessoas desse grupo acham que sabem de tudo
09/06/2022 22h10
O Linhas Cruzadas desta quinta-feira (9) conversou sobre a cultura woke. O que é, quem participa e de onde ela vêm?
A apresentadora Thaís Oyama contextualizou o nome do movimento:
"O termo 'woke' se disseminou no contexto do Black Lives Matter, quando a hashtag #StayWoke (Fiquem Alertas ou Fiquem Acordados, no sentido literal) viralizou. Então, woke significa isso, alerta para as injustiças sociais", explicou.
Segundo Luiz Felipe Pondé, o uso desta expressão como sinônimo de alerta é algo que ocorre há pelo menos 2 mil anos, o que o fez lembrar do Manifesto Comunista.
"Tem uma parte em que o Karl Marx e o Friedrich Engels estão criticando as diferentes formas de socialismo da época e uma delas eles chamam de socialismo burguês. Uma das características dessa política é fazer com que os explorados achem que as coisas estão melhorando e isso lembra o discurso woke no mundo corporativo. Começa com essa história de chamar empregado de colaborador, quando ele continua tendo que ser produtivo e dar resultado, até chegar nas discussões de diversidade", opinou o filósofo.
Ainda de acordo com Pondé, essas características fizeram a expressão "woke" perder força.
"Virou sinônimo de chatinho, porque os wokes são pessoas que acham que sabem tudo, que podem falar de tudo, a partir da caixinha que eles vivem", concluiu.
Veja o trecho completo:
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Assista ao programa na íntegra:
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