O juiz federal Renato Borelli, magistrado que pediu a prisão contra o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, na quarta-feira (22), diz estar sofrendo ameaças. De acordo com a assessoria de comunicação de Borelli, centenas de ameaças foram registradas.
Segundo a assessoria, os pedidos de investigação sobre os fatos já foram encaminhados à Polícia Federal (PF).
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Em sua decisão, o juiz afirmou que seriam "inadequadas e insuficientes" eventuais medidas cautelares. "Diante de fortes indícios da prática de crime, decorre a necessidade de ser melhor elucidado, razão pela qual compreendo que as cautelares sob análise são medidas necessárias e pertinentes ao prosseguimento das investigações, com vistas a esclarecer possíveis autorias quanto aos delitos capitulados", escreveu.
"Resta comprovada a existência do periculum libertatis, eis que os investigados, em espécie de 'gabinete paralelo', estavam inseridos no contexto político do país ao ocuparem cargos de destaque no Poder Executivo federal, o que lhes possibilita proceder de forma a interferir na produção, destruição ou mesmo ocultação de provas que podem ser úteis ao esclarecimento de toda a trama delitiva", completou na decisão.
O desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), atendeu um pedido de habeas corpus da defesa de Milton Ribeiro e mandou soltar o ex-ministro da Educação. Além de Ribeiro, outras quatro pessoas foram beneficiadas com a decisão, derrubando a decisão de Renato.
A decisão cassa o pedido de prisão preventiva dos envolvidos investigados por supostas irregularidades na liberação de verbas no Ministério da Educação (MEC). Os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, Helder Diego da Silva Bartolomeu, ex-assessor da Prefeitura de Goiânia, e Luciano de Freitas Musse, ex-assessor de Ribeiro na pasta.
Ribeiro foi solto por volta das 15h, após decisão de Ney Bello.
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