O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse na tarde desta quarta-feira (29) que não há corrupção "endêmica" em seu governo, apenas "casos isolados". A declaração acontece após a prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e suposta interferência do chefe do Executivo na Polícia Federal (PF).
"Não temos corrupção endêmica no Brasil, têm casos isolados que pipocam. Não interessa descobrir o corrupto, mas evitar que apareça a figura do corrupto", afirmou.
“A gente ataca a possível corrupção na origem, não interessa descobrir o corrupto, nós queremos evitar que apareça a figura do corrupto, Nós combatemos de fato a corrupção. As estatais davam prejuízo, hoje dão lucro”, acrescentou.
A fala ocorreu durante o evento da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O presidente também comentou sobre a CPI do MEC.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) protocolou nesta terça-feira (28) o requerimento da instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com o objetivo de investigar as denúncias de corrupção e tráfico de influência no Ministério da Educação (MEC).
Autor do pedido pela chamada ‘CPI do MEC’, o senador foi o vice-presidente da CPI da Covid. Para que a comissão realmente aconteça e inicie suas operações, é necessário que o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), faça a leitura do documento em plenário.
O escândalo na pasta começou após um áudio de Milton Ribeiro, até então ministro da Educação, ser vazado. Na ocasião, o pastor disse que sua prioridade frente à pasta era liberar verbas requisitadas por pastores.
"Olha uma CPI quase saindo aí de um assunto que parece que está enterrado, parece. Mas, quando se abre uma CPI, abre-se um mar de oportunidades para os oportunistas fazerem campanha contra a gente", avaliou Bolsonaro.
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