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Presidente do Cremerj decide se afastar do cargo após denúncia de assédio

Decisão foi anunciada pelo Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro nesta quinta-feira (21)


21/07/2022 20h32

Em meio a uma investigação de denúncia de assédio sexual feita por uma técnica de enfermagem, o cirurgião Clóvis Bersot Munhoz, presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj), decidiu se afastar do cargo. O anúncio foi feito no começo da noite desta quinta-feira (21) na página e nas redes sociais da instituição.

A nota divulgada em site oficial, explica que o procedimento será encaminhado ao Conselho Federal de Medicina (CFM), que designará o caso para outra regional para que seja feito com isenção e imparcialidade.

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"O conselho reafirma seu repúdio por qualquer tipo de assédio e trabalha junto das autoridades para coibir essa prática antiética e criminosa", diz. 

Reprodução/Site Cremerj

Entenda o caso

De acordo com a Polícia Civil, a ocorrência é investigada pela 9ª DP (Catete) e o médico chegou a ser indiciado pelo crime. O inquérito foi encaminhado para o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), que pediu mais diligências à polícia. O inquérito corre em sigilo.

O assédio teria acontecido em uma sala de cirurgia de um hospital privado da Zona Sul do Rio. A vítima seria uma técnica de enfermagem que vive em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

Em depoimento, ela contou que ele lhe disse que "ela era 'muito quente' e que precisava ter mais relações sexuais por ter se casado muito cedo". Uma testemunha confirmou o caso à polícia. A mulher ainda afirmou que as perguntas antiéticas eram frequentes e que a fizeram pedir à chefia para não fazer parte de qualquer cirurgia em que Munhoz estivesse presente.

O Conselho Regional de Medicina do Rio afirma que após uma apuração interna, não foi encontrado nada em nome de Clóvis Munhoz e, por isso, ele tomou posse como presidente do Cremerj em fevereiro deste ano. Além de afirmar que repudia qualquer tipo de assédio e trabalha ao lado das autoridades para coibir esta prática.

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