Moraes determina prisão de homem que ameaçou Lula e ministros do STF
No vídeo, o homem fala em colocar “de cabeça pra baixo” os ministros da Corte
22/07/2022 17h54
A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira (22) Ivan Rejane Fonte Boa Pinto, 46 anos, por ameaças ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e outros políticos de esquerda. O flagrante aconteceu em Belo Horizonte, Minas Gerais.
A prisão foi decretada na quarta-feira (20), pelo ministro Alexandre de Moraes, após pedido da Polícia Federal. O magistrado também solicitou o bloqueio das redes sociais de Ivan.
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Em um vídeo compartilhado nas redes sociais, o homem faz ameaças a Lula, Gleisi Hoffmann (PT) e Marcelo Freixo (PSB). “Anda de segurança armada na rua que nós, da direita, vamos começar a caçar você [Lula]. Caçar você, caçar Gleisi Hoffmann, esse Freixo, frouxo do caralho. Todos eles que te cercam, vagabundo”, disse.
Ivan cita ainda os ministros do STF e faz mais ameaças: “Sumam do Brasil. Nós vamos pendurar vocês de cabeça para baixo”.
Nas redes sociais, Ivan se intitula “Terapeuta Papo Reto”. Os vídeos com ataques aos ministros e aos políticos possuem mais de 30 mil visualizações nas redes sociais.
“Mas principalmente esses vagabundos do STF. Se eu fosse você, Barroso, Fux, Fachin, Moraes, Lewandowski, Mendes, eu ficava nos Estados Unidos, em Portugal, na Europa, na puta que te pariu. Até vocês duas, vadias, Cármen Lúcia e Rosa Weber. Sumam do Brasil. Nós vamos pendurar vocês de cabeça pra baixo. Vocês são vendidos. Essa agenda mundial gay, escrota, de ideologia de gênero, não vai ser aplicada no Brasil. Nós brasileiros, cidadãos de bem, não toleramos gente escrota como vocês”, afirma Ivan em um vídeo.
A PF vê, inicialmente, supostos crimes de associação criminosa e de abolição violenta do Estado Democrático de Direito Supremo Tribunal Federal, utilizando-se de uma rede virtual de apoiadores que atuam, de forma sistemática, para criar ou compartilhar mensagens que tenham por mote final a derrubada da estrutura democrática e o Estado de Direito no Brasil”, destacou Moraes na decisão.
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