Hospital A.C. Camargo deve parar de atender pacientes do SUS a partir de dezembro
Referência no tratamento contra o câncer em SP, foi fundado em 1953 pela Fundação Antônio Prudente
15/08/2022 13h37
O Hospital A.C. Camargo, referência no tratamento contra o câncer localizado na região da Liberdade, em São Paulo, deve deixar de atender pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) a partir do dia 9 de dezembro.
A informação foi confirmada pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS). Em nota, a pasta informa que “realiza reuniões com a instituição a fim de avaliar a possibilidade da continuidade da assistência à população”.
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Fundado em 1953, o hospital é mantido pela Fundação Antônio Prudente e recebe pacientes da rede particular e pública. De acordo com a gestão municipal, a assistência em oncologia aos pacientes da rede municipal seguirá sendo ofertada por meio dos demais prestadores municipais do serviço na especialidade.
São eles o Hospital Municipal Dr. Gilson de Cássia Marques de Carvalho - Vila Santa Catarina (antigo Hospital Santa Marina), além de unidades reguladas por meio da Central de Regulação de Oferta de Serviços em Saúde (Cross), do Governo do Estado, em razão da complexidade da especialidade e diretrizes do SUS.
Em nota divulgada na tarde desta segunda-feira (15) pela assessoria do hospital, eles informam que a decisão leva em consideração o planejamento de “expandir a atuação no setor público para além do município de São Paulo, promovendo parcerias público-privadas em ações de prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação, além de capacitação de profissionais da atenção primária e de hospitais para o atendimento do câncer em prol do bem público, com o objetivo de atuar e melhorar a prática médica em oncologia em todo o Brasil”.
A instituição ainda ressalta que a grande maioria dos pacientes que contavam com o atendimento já finalizaram seu tratamento oncológico e estão em fase de acompanhamento clínico. Além de garantir a análise individualizada para cada paciente junto à secretaria para construir um plano de transição que minimize os possíveis impactos.
“Essa readequação do impacto social beneficiará todo o país, sendo a melhor contribuição possível em razão da defasagem da tabela SUS, que ameaça diretamente a existência da Instituição”, diz.
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