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Estudo prevê aumento alarmante de gases de efeito estufa caso a política ambiental brasileira seja mantida

O levantamento aponta que o desmatamento da Amazônia passou de 754 mil hectares em 2018 para 1,3 milhão em 2021


15/09/2022 07h43

O estudo científico “Cenário Continuidade”, desenvolvido por pesquisadores do Centro Clima prevê que a continuação das atuais políticas ambientais do governo nacional faria o Brasil ultrapassar em 137% a meta de emissões de gases de efeito estufa assumida pelo país no Acordo de Paris e na Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC), com prazo fixado em 2030.

Além disso, o desmatamento da Amazônia chegaria ao índice de 25%, limite para o que os especialistas apontam como risco de "savanização" da floresta, ou seja, áreas verdes podem ser destruídas sem a possibilidade de recuperação.

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Segundo os pesquisadores, há duas possibilidades de cenários com a continuidade da atual política ambiental. Na primeira, o crescimento do desmatamento segue o ritmo do período entre 2018 e 2021 na Amazônia, Cerrado e na Mata Atlântica, e se estabiliza em 2026. Na segunda possibilidade, o desmatamento nestes biomas segue crescendo no mesmo ritmo até 2030.

O estudo aponta que o desmatamento da Amazônia passou de 754 mil hectares em 2018 para 1,3 milhão em 2021, ou seja, uma elevação média de 183 mil hectares por ano. Além disso, a continuidade da devastação vista nos últimos quatro anos na Floresta Amazônica, levaria a um desmatamento de quase 20 milhões de hectares entre 2022 e 2030, o que subiria os índices das emissões brasileiras de gases do efeito estufa.

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