Giorgia Meloni, a primeira-ministra da Itália, fez seu primeiro discurso no Parlamento nesta terça (25), e na ocasião, negou vínculos com o fascismo.
"Nunca senti qualquer simpatia ou proximidade com regimes antidemocráticos. Por nenhum regime, incluindo o fascismo", expôs.
Ela ainda disse que considera as leis antissemitas implementadas pelo ditador Benito Mussolini no fim dos anos 1930 "o ponto mais baixo da história italiana, uma vergonha que manchará nosso povo para sempre".
Apesar de sua declaração, aos 15 anos integrou a seção juvenil do Movimento Social Italiano (MSI), partido fundado em 1946 por integrantes dos últimos anos de Mussolini. Paralelamente, sua atual legenda, o Irmãos da Itália, tem membros que até hoje comemoram datas do fascismo, além de ter em seu logotipo uma chama com as três cores da bandeira.
Durante o discurso que durou mais de uma hora e apresentava mais de 16 páginas, Meloni abordou vários temas das políticas interna e externa da Itália. Prometeu que manterá a linha dura da União Europeia contra o presidente da Rússia Vladimir Putin, defenderá sanções contra Moscou e seguirá apoiando a Ucrânia na guerra.
Além de elogiar o seu antecessor, Mário Draghi, por, segundo ela, ter colaborado numa "transição rápida e pacífica".
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