A Polícia Federal (PF) investiga se Roberto Jefferson prendeu pregos nas granadas com fitas adesivas. A munição foi atirada contra policiais federais que foram prendê-lo em sua casa, em Comendador Levy Gasparian, Rio de Janeiro, no último domingo (23).
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Granadas de luz e som foram jogadas contra o delegado Marcelo Vilela e mais três agentes federais. O artefato é não-letal, mas causa atordoamento e desorientaria temporariamente os policiais, no entanto, não é possível deixar ferimentos como constatados no delegado e na agente Karina de Oliveira. Ambos ainda apresentaram vestígios do explosivo no corpo.
A PF também descobriu, durante perícia na noite de domingo, que a pistola da agente Oliveira estava sem a ponta. Como o objeto esteve no coldre, a agente não retirou o armamento para fazer qualquer disparo para se proteger. Com isso, a suspeita é de que um disparo do fuzil usado por Roberto Jefferson tenha atingido e arrancado a ponta da arma. Se não fosse a pistola, a perna dela seria atingida, segundo os investigadores.
A partir da perícia e da investigação, será possível saber o roteiro do que aconteceu no domingo. Uma das linhas de investigação aponta que após saber da presença dos policiais, Roberto Jefferson iniciou os disparos por volta das 12h. A polícia suspeita que Roberto Jefferson jogava as granadas para forçar que os policiais saíssem de trás do veículo.
O ex-deputado contou, em depoimento, que deu 50 tiros contra a viatura da Polícia. Gastando, dessa forma, um carregador com 30 tiros.
Relembre o caso
Aliado do candidato à presidência da República, Jair Bolsonaro (PL), o ex-deputado Roberto Jefferson se entregou na noite do domingo (23) após atacar policiais federais e passar 8 horas desrespeitando ordem do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele lançou três granadas, além de distribuir tiros de fuzil em agentes que foram cumprir o mandado de prisão em sua casa, devido a quebra do regime de prisão domiciliar por parte do político.
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