Os destroços do submarino desaparecido desde domingo (18) foram encontrados a cerca de 500 metros do Titanic. A informação foi divulgada na tarde desta quinta-feira (22) pela Guarda Costeira dos Estados Unidos. Segundo a corporação e a própria OceanGate, dona da embarcação, os cinco tripulantes que estavam a bordo morreram.

Durante coletiva de imprensa realizada nesta quinta, a Guarda Costeira afirmou que as peças do submersível estavam a uma profundidade de cerca de 4.000 metros abaixo da superfície. Segundo o órgão, a descoberta dos destroços implica, consequentemente, na morte dos passageiros.

Os ruídos captados por sonares durante a operação de resgate dos últimos dias também não teriam uma relação com o submarino.

"Parece que não há nenhuma conexão entre os ruídos e a localização, no leito do mar, onde os destroços foram encontrados", afirmou John Mauger, porta-voz da Guarda Costeira.

De acordo com as autoridades, a embarcação teria sofrido uma implosão em consequência da pressão da água. Como os sonares teriam sido capazes de escutar uma possível implosão, a hipótese da Guarda Costeira é a de que ela teria ocorrido antes do início das buscas.

Confira quem são as vítimas:

- Bilionário britânico Hamish Harding
- Diretor-executivo da OceanGate, Stockton Rush
- Ex-comandante da Marinha Francesa Paul-Henry Nargeolet
- Empresário paquistanês Shahzada Dawood e seu filho Suleman Dawood

Destroços encontrados nesta quinta

Uma estrutura de pouso e uma tampa traseira do submersível estariam entre os destroços encontrados nesta quinta no Oceano Atlântico. A informação, divulgada pela BBC do Reino Unido, teria sido dita por David Mearns, especialista em mergulho.

De acordo com Mearns, que é também amigo de dois tripulantes que estavam a bordo do submarino, os destroços teriam sido detectados por meio de um robô utilizado no resgate. 

Leia também: Submarino desaparecido: Destroços são encontrados próximos da área de busca

Conheça o submarino e a expedição de valor milionário

Intitulada de Titan, a embarcação, feita exclusivamente para a OceanGate, é feita de fibra de carbono e titânio. Além disso, tem capacidade para levar até cinco pessoas.

A viagem se inicia de barco em Newfoundland, no Canadá, em direção ao Oceano Atlântico. Na sequência, o submarino faz o percurso até o naufrágio, mergulhando a uma profundidade de 3.800 metros. O trajeto completo do mergulho dura cerca de oito horas. Entretanto, o submersível que desapareceu no domingo (18) perdeu o contato 1 hora e 45 minutos após a descida ao fundo do oceano.

O passeio, que tem duração total de aproximadamente oito dias, tem o custo de US$ 250 mil por turista, que equivale a R$ 1,19 milhão. Nas redes sociais, a OceanGate realiza inúmeras publicações mostrando como funciona a expedição. 

Leia também: Em 2017, submarino argentino também desapareceu e levou um ano para ser encontrado