A OceanGate, empresa responsável pelo submarino que desapareceu no domingo (18), confirmou nesta quinta-feira (22) que os cinco passageiros que faziam uma expedição ao Titanic morreram. Segundo a Guarda Costeira dos Estados Unidos, a embarcação teria sofrido uma implosão, isto é, processo pelo qual objetos são destruídos ao colapsar ou serem espremidos sobre si mesmos.
Durante coletiva de imprensa, a Guarda Costeira confirmou que os destroços foram encontrados a cerca de 500 metros do Titanic. A informação apresentada é a de que peças do submersível, como uma parte da cabine de pressão, teriam sido detectadas a 4.000 metros de profundidade.
Ainda segundo as autoridades, a perda da cabine que protegia os cinco tripulantes indica que teria ocorrido uma significativa implosão. De todo modo, o barulho de um acontecimento como esse teria sido detectado pelos sonares utilizados nas buscas. Logo, as autoridades trabalham com a hipótese de que a implosão teria ocorrido antes do início das operações de resgate. Entretanto, não se sabe exatamente o momento e por qual razão o acidente teria ocorrido.
"Sonares não detectaram eventos catastróficos nas últimas 72h", disse o porta-voz da corporação.
Além disso, os ruídos detectados por sonares nos últimos dois dias, durante a operação de resgate, também não teriam relação com o submersível.
As equipes que auxiliaram nas buscas ainda não afirmaram se haverá uma busca voltada a procurar pelos corpos das vítimas. De acordo com John Mauger, porta-voz da Guarda Costeira norte-americana, robôs submarinos devem continuar no local do acidente para realizar investigações.
"Destroços são consistentes com a catastrófica perda da câmera de pressão [do submersível]”, afirmou Mauger.
Destroços encontrados nesta quinta
Uma estrutura de pouso e uma tampa traseira do submersível estariam entre os destroços encontrados hoje no Oceano Atlântico. A informação, divulgada pela BBC do Reino Unido, teria sido dita por David Mearns, especialista em mergulho.
De acordo com Mearns, que é também amigo de dois tripulantes que estavam a bordo do submarino, os destroços teriam sido detectados por meio de um robô utilizado no resgate.
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Conheça o submarino e a expedição de valor milionário
Intitulada de Titan, a embarcação, feita exclusivamente para a OceanGate, é feita de fibra de carbono e titânio. Além disso, tem capacidade para levar até cinco pessoas.
A viagem se inicia de barco em Newfoundland, no Canadá, em direção ao Oceano Atlântico. Na sequência, o submarino faz o percurso até o naufrágio, mergulhando a uma profundidade de 3.800 metros. O trajeto completo do mergulho dura cerca de oito horas. Entretanto, o submersível que desapareceu no domingo (18) perdeu o contato 1 hora e 45 minutos após a descida ao fundo do oceano.
O passeio, que tem duração total de aproximadamente oito dias, tem o custo de US$ 250 mil por turista, que equivale a R$ 1,19 milhão. Nas redes sociais, a OceanGate realiza inúmeras publicações mostrando como funciona a expedição.
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