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Montagem-TV Cultura/Getty Images
Montagem-TV Cultura/Getty Images

Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, foi indiciado nesta terça-feira (1) por tentar reverter ilegalmente o resultado das eleições presidenciais de 2020. A invasão ao Capitólio no dia 06 de janeiro de 2021, que terminou com cinco mortes, também é analisada como parte da tentativa de deslegitimar a vitória do opositor democrata, Joe Biden.

Trump, que se torna réu pela terceira vez neste ano, deverá se apresentar à Justiça na próxima quinta-feira (03).

O chefe de estado foi acusado de quatro crimes:

- Conspiração para defraudar os Estados Unidos;
- Conspiração contra direitos dos norte-americanos;
- Conspiração para obstruir um procedimento oficial;
- Obstrução e tentativa de obstrução de um procedimento oficial.

"O ataque de 6 de janeiro de 2021 foi um ataque sem precedentes à democracia, foi motivado por mentiras do réu porque ele não queria a contagem e a certificação do resultado das eleições", afirmou o procurador Jack Smith, que lidera o processo.

De acordo com a procuradoria, Trump contou ainda com seis cúmplices, que não tiveram seus nomes revelados.

O empresário e político enfrenta ainda outros processos criminais, como por ter desviado documentos sigilosos do governo para sua própria residência e por ter comprado o silêncio de uma atriz pornô durante as eleições de 2016.

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Trump nega as acusações

Ainda nesta terça-feira, o ex-presidente fez uma publicação nas redes sociais negando que tenha cometido crime e afirmando que as acusações fazem parte de uma perseguição de Biden.

“Isso nada mais é do que o último capítulo corrupto na contínua tentativa patética da família do crime Biden e seu departamento de justiça armado para interferir na eleição presidencial de 2024”, afirmou um comunicado de Trump.

A publicação do republicano também comparou as acusações norte-americanas às ações de regimes ditatoriais:

"A ilegalidade dessas perseguições ao presidente Trump e seus apoiadores lembra a Alemanha nazista na década de 1930, a ex-União Soviética e outros regimes autoritários e ditatoriais".

Os Estados Unidos terão em 2024 novas eleições presidenciais. Tanto Biden como Trump já disseram que serão candidatos ao cargo.

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