Ex-advogado de Trump é detido em caso de tentativa de interferência nas eleições dos EUA
O ex-prefeito de Nova York deverá desembolsar US$ 150 mil para aguardar o processo em liberdade
23/08/2023 21h54
Rudolph Giuliani, ex-advogado de Donald Trump, compareceu a uma unidade prisional da cidade de Atlanta para se entregar à Justiça nesta quarta-feira (23). O ex-prefeito de Nova York foi acusado formalmente de tentar reverter as eleições presidenciais dos EUA de 2020, especificamente no estado da Geórgia.
Para aguardar em liberdade durante o processo, Giuliani deverá desembolsar US$ 150 mil, que equivale a cerca de R$ 730 mil na atual cotação. Entre as condições estabelecidas estão a proibição de intimidação de testemunhas e de outros réus envolvidos no caso.
Trump, que é acusado em quatro processos distintos, deverá se entregar na próxima quinta-feira (24). Ambos afirmam que as acusações têm motivações políticas.
"Trump e os outros acusados se recusaram a reconhecer que ele perdeu e, consciente e deliberadamente, participaram de uma conspiração para ilegalmente mudar o resultado das eleições a seu favor", destacou a acusação formal realizada no dia 14 de agosto.
Na rede social Truth Social, o ex-presidente divulgou na última segunda-feira (21) a pretensão de comparecer diante das autoridades para enfrentar as acusações em que é apontado como responsável de interferir ilegalmente no estado para reverter a sua derrota frente ao opositor Joe Biden.
Leia também: Com 32,3ºC, cidade de São Paulo registra dia mais quente do inverno nesta quarta (23)
Horas antes da publicação, a equipe de Trump acordou com a Justiça o pagamento de US$ 200 mil para que ele aguardasse em liberdade.
“Você acredita? Eu irei para Atlanta, Geórgia, na quinta-feira para ser preso”, afirmou Trump em publicação nas redes sociais.
Outras acusações contra Trump
Além da acusação na Geórgia, outros processos enfrentados por Trump são a de suspeita de desvio de documentos sigilosos do governo para sua própria residência e a tentativa de reverter as eleições presidenciais de 2020 de forma ilegal, movimento que influenciou na invasão ao Capitólio no dia 6 de janeiro de 2021. Ambos os processos seguem sendo analisados na Justiça federal.
No estado de Nova Iorque, o republicano é acusado de comprar o silêncio de uma atriz de conteúdo adulto durante as eleições de 2016, para que ela não se manifestasse sobre um suposto relacionamento extraconjugal que os dois teriam tido.
Leia também: Novo livro de Georgina Martins discute violência psicológica
REDES SOCIAIS