Julgamento de Trump é marcado para março de 2024, período decisivo para eleição nos EUA
Além desse processo, o ex-presidente é réu em outros três casos
28/08/2023 18h43
A Justiça dos Estados Unidos confirmou, nesta segunda-feira (28), que o julgamento de Donald Trump foi marcado para o dia 4 de março de 2024. O ex-presidente é acusado de tentar reverter os resultados das eleições de 2020, em responsabilização também associada ao ataque ao Capitólio em janeiro de 2021.
A data, estabelecida pela juíza federal Tanya Chutkan, coincide com o auge da campanha pela presidência do país.
Um dia antes do início do julgamento acontece a chamada “Superterça”, no dia 3 de março. A data é decisiva no processo eleitoral norte-americano, tendo em vista que marca as votações primárias de diversos estados.
O procurador responsável Jack Smith tinha a intenção de marcar ainda antes, no dia 2 de janeiro de 2024. Já os advogados de Trump propuseram em abril de 2026, mais de um ano depois da confirmação do resultado da eleição.
"O ataque de 6 de janeiro de 2021 foi um ataque sem precedentes à democracia, foi motivado por mentiras do réu porque ele não queria a contagem e a certificação do resultado das eleições", afirmou o procurador Jack Smith, que lidera o processo, quando Trump foi indiciado no início de agosto.
O republicano, de 77 anos, se declara inocente das acusações e afirma estar sendo vítima de perseguição política. De acordo com levantamento do jornal New York Times, realizado em julho, o ex-chefe de estado lidera as pesquisas de intenção de voto de eleitores do Partido Republicano.
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Além desse caso, Trump é réu em mais três processos. No estado da Geórgia, o político e empresário também é acusado de tentar interferir nas eleições de 2020, que resultaram na vitória do opositor Joe Biden. Na Justiça federal, ele deverá ser julgado em maio em processo formado a partir do suposto desvio de documentos sigilosos do governo para sua própria residência.
No estado de Nova York, o republicano será julgado em março sob acusação de comprar o silêncio de uma atriz de conteúdo adulto durante as eleições de 2016, para que ela não se manifestasse sobre um suposto relacionamento extraconjugal que os dois teriam tido.
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