Durante CPI da Enel, que acontece na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), nesta terça-feira (14), o presidente da concessionária de energia Max Xavier Lins afirmou que enterrar toda a fiação elétrica é “inviável” devido os custos da operação. Segundo sua própria projeção, colocar todos os fios embaixo da terra custaria R$ 320 bilhões.
"Considerando que um quilômetro de rede subterrânea custa de oito a dez vezes o preço da rede aérea, estamos falando em R$ 320 bilhões. É um número absolutamente inviável”, afirmou.
A Enel atende 24 municípios do estado de São Paulo. Lins informou que há 43 mil km de rede sob sua jurisdição, sendo, aproximadamente, 2.000 subterrâneos e 41 mil aéreos. Então, toda a operação seria muito cara.
“A solução de enterramento, do ponto de vista técnico, é uma boa solução. Mas para situações específicas, não indiscriminadamente. É uma ilusão pensar assim. As redes no Brasil continuarão majoritariamente aérea por muitos anos”, completou.
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Ao justificar o apagão, que afetou mais de 2 milhões de pessoas no início do mês de novembro, Lins atribuiu a culpa à queda de árvores.
Sobre o ressarcimento para população afetada, ainda não há uma forma definida, mas não está previsto um reembolso para danos por perdas de alimentos.
"Não está regulamentado, mas foi um evento grave e sabemos que impactou 2,1 milhões de clientes", disse.
“Pretendemos muito em breve ter um posicionamento visando atender essas necessidades da melhor forma. O que será ainda não temos definido, mas estamos sensíveis e pretendemos [fazer], completou.
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