Dados da pesquisa “De Mãe em Mãe”, com foco na saúde mental das mães brasileiras, mostram que 97% das mulheres se sentem sobrecarregadas quase todos os dias da semana e 94% dizem que estão desgastadas. A pesquisa entrevistou mais de 800 pessoas em todo país.
O levantamento também mostra que duas a cada três mulheres classificam a saúde mental como péssima. Mais da metade das entrevistadas já buscaram ajuda profissional.
“É uma mulher que, na maioria dos lares, trabalha 40 horas semanais na rua. Entre condução, ela fica quase 12 horas na rua e, quando volta para casa, tem que limpar a casa, cuidar da criança, fazer jantar, fazer lição. Dentro dos lares normalmente esse papel está com uma mulher, apesar de um movimento hoje do homem está ali dividindo tarefas ainda A mulher ela toma esse papel na grande maioria dos lares e mesmo aquele lá que o homem assume a carga mental ainda da mulher”, explica Giliane Belarmino, pós-doutorada em nutrição na USP e autora do estudo.
A pesquisa também mostra que 75% das mães entrevistadas reveneram que já tiveram um comportamento explosivo e sentiram culpa.
Leia também: "A justificativa da sobrecarga materna não é biológica, mas sim social" diz especialista
Um dos caminhos para a saúde mental das mães melhorar é a vivência efetiva da paternidade pelos homens, além da consciência geral de que a maternidade é uma tarefa difícil.
“Um primeiro passo importante a validar todas as dificuldades é autorizar uma mãe a reclamar, poder dizer que está cansada ou com dor”, afirma a psicóloga Isabella Thomé.
A comunicação também é outra chave para a saúde da mãe melhorar. Thomé ressalta que combinados podem ser refeitos pelas pessoas responsáveis pela criança.
“Quando a gente vai se permitindo a dividir sentimento, a gente também vai reconhecendo o nosso limite e, quando a gente vai reconhecendo o limite, fica um pouco mais fácil”, completa.
Leia também: Governo de SP intensifica ações de combate à dengue nos transportes metropolitanos
REDES SOCIAIS