O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse nesta quinta-feira (25) que a operação da Polícia Federal que apura suspeita de espionagem ilegal pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) é de “altíssima importância”.
A Polícia Federal deflagrou hoje a Operação Vigilância Aproximada. Autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a operação investiga uma suposta organização criminosa que teria se instalado na Abin.
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Um dos alvos é o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Abin durante o governo Jair Bolsonaro (PL). Investigadores apontam que o monitoramento ilegal foi utilizado em situações pessoais ou políticas.
“Do ponto de vista jurídico, independente do caso concreto, que não me cabe analisar, é importante frisar isso, não estamos diante de um tema banal, estamos diante de um tema crucial, porque fere um direito fundamental, não sabemos ainda de quantas pessoas, se foram dezenas, centenas, milhares, dezenas de milhares, isso a investigação vai dizer”, afirmou Dino.
O ministro classificou o caso como uma modalidade de corrupção.
“É importante considerar que isso é uma modalidade de corrupção, quando uma instituição comete uma ilegalidade, quando membros dessa instituição se apropriam indevidamente dela para praticar ilegalidades, é algo realmente que merece reprovação, observado o devido processo legal”, apontou.
Operação Vigilância Aproximada
No total, agentes cumprem 21 mandados de busca e apreensão em Brasília (DF), Juiz de Fora (MG), São João Del Rei (MG) e Rio de Janeiro (RJ).
Esta ação é uma continuação da Última Milha, deflagrada pela PF em outubro do ano passado. Na ocasião, a corporação tinha o objetivo de investigar um possível uso indevido do sistema de geolocalização de dispositivos móveis.
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