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Sakamoto diz que investigações sobre golpe de Estado “asfaltam caminho para prisão de Bolsonaro”

Depoimento do brigadeiro Carlos Almeida Baptista Júnior, ex-comandante da Aeronáutica, afirma que ex-presidente tentou angariar apoio de militares para se manter no poder


15/03/2024 21h55

Convidado da bancada do Jornal da Cultura desta sexta-feira (21), o jornalista e cientista político Leonardo Sakamoto afirmou que as investigações sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado em 2022 “asfaltam o caminho para a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)”.

Nesta sexta, o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes retirou o sigilo de 27 depoimentos da operação.

A retirada do sigilo apontou que, em novembro de 2022, em uma reunião com o comando das Forças Armadas, o então representante do Exército, general Freire Gomes, ameaçou prender Bolsonaro. O então presidente da República teria tentado angariar apoio dos militares para um golpe de Estado. A confirmação veio no depoimento do brigadeiro Carlos Almeida Baptista Júnior, que comandava a Aeronáutica à época.

Na oitiva, o militar relatou que o então chefe de Estado sugeriu atentar contra o regime democrático e foi repreendido pelo comandante do Exército, que disse que caso o plano seguisse, seria obrigado a prender Bolsonaro.

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Também segundo Baptista, o almirante Almir Garnier Santos, que estava à frente da Marinha, teria colocado as tropas à disposição de um golpe. Em seu depoimento, Garnier decidiu ficar em silêncio.

O ex-comandante da Aeronáutica ainda avaliou que, caso Freire tivesse topado o plano, provavelmente o golpe teria sido consumado.

Eles [depoimentos] deixaram claro que um golpe de Estado quase aconteceu de fato no Brasil. Se o exército tivesse pulado na intentona bolsonarista, neste exato momento, estaríamos falando do exílio (...) isso, de certa forma, asfalta o caminho para a prisão de Jair Bolsonaro, claro, não agora, tem todo um processo, mas vai ficar muito difícil pra ele, ao final de todo esse processo de condenação, não ter uma pena a cumprir”, comentou Sakamoto.

Saiba mais sobre o tema na matéria que foi ao ar esta sexta-feira (15) no Jornal da Cultura:

Leia também: Fabio Wajngarten critica depoimento de Freire Gomes na PF: “General com memória seletiva”

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