A Capela de São Miguel Arcanjo, templo religioso mais antigo da cidade de São Paulo, foi invadida e vandalizada pela segunda vez em 15 dias. O segundo ataque aconteceu no último fim de semana.

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Segundo a assessoria da Capela, quebraram a porta de vidro da área administrativa, roubaram o microondas, fios de internet e telefone e o motor do ar condicionado.

“Tudo isso é terrível, tivemos todos esses prejuízos, mas a Capela é o que mais nos preocupa, porque tentaram de fato entrar”, afirmou Juliana Pessoa, Coordenadora Cultural do templo.

Com aparência singela e fachada simples, a Capela chama a atenção por ser uma das raras construções do século 17 a manter suas características praticamente intactas.

Construída com bambu e sapé em 1560 pelo Padre José de Anchieta, com o intuito de evangelizar os indígenas guaianás, descendentes de São Paulo de Piratininga, a Capela de São Miguel Arcanjo, ou “Capela dos Índios”, como é chamada pelos moradores do entorno, é um marco da colonização e da chegada dos jesuítas no Brasil.

Por se tratar de uma construção indígena, seus elementos artísticos e sua arquitetura são testemunhas dessa história.

“Desde o ano passado, estamos esperando a subprefeitura trocar o gradil, conforme prometido. E isso foi um facilitador. A subprefeita, Sra. Damaris, disse que trocaria o gradil (depois dos dois acontecidos) mas apenas soldaram algumas partes. O portão ainda encontra-se vulnerável”, diz a Coordenadora Cultural.

O site da TV Cultura entrou em contato com a subprefeitura de São Miguel Paulista, mas, até a publicação desta matéria, o órgão não havia se posicionado. O espaço segue aberto para o posicionamento.

Em nota, a Segurança Pública de São Paulo afirmou que os casos estão sendo investigados. “Os casos estão sob investigação no 22° Distrito Policial (São Miguel Paulista). A equipe da unidade realiza diligências visando a identificação dos criminosos e esclarecimento dos fatos”.

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