Marcelo Tas recebe a cientista política e diretora do Instituto de Estudos da Religião (ISER) Carô Evangelista no Provoca desta terça-feira (24).
Na edição, a entrevistada fala sobre o crescimento dos evangélicos no Brasil que, segundo previsões, deve superar o número de católicos em 2030, além de afirmar que a bancada evangélica não corresponde à foto da comunidade evangélica no país e dizer que religião e política nunca estiveram separadas.
No programa que vai ao ar a partir das 22h na TV Cultura, o apresentador comenta que religiões evangélicas são, muitas vezes, tratadas como uma coisa só e não são.
“Podemos falar em algumas dimensões: os crentes, que são os fiéis da base evangélica; no campo mais intermediário estão os milhares de pastores e pastoras de igrejas pequenas e médias do Brasil, que eu chamo dos carregadores do piano; e os magnatas da fé (...) o campo evangélico é fundamentalmente feminino, negro, urbano e periférico”, expõe.
Sobre a bancada evangélica, a diretora do ISER diz: “A foto da bancada evangélica, literalmente a foto, as cores, as caras, os perfis, não é a foto da população evangélica (...) na política há sempre um grande rodízio de quem tem mais representantes eleitos na bancada evangélica, as Assembleias de Deus, a Igreja Universal do Reino de Deus e as Igrejas Batistas, ao passo que na sociedade brasileira, no campo evangélico, é uma diversidade imensa de igrejas e denominações que não estão circunscritas apenas a essas três”, explica.
Em outro momento do Provoca, a cientista política fala sobre a relação entre religião e política, e a defesa do Estado laico: “São campos sociais diferentes, mas que sempre se entrelaçam historicamente (...) é importante defender o Estado laico. Dizer que religião e política sempre estiveram correlacionadas não significa dizer que não temos um Estado laico e que não queremos um (...) que é o respeito a todas as religiões e o respeito às pessoas sem religião”.
Assista à última edição do Provoca, que contou com a participação de Bob 13:
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