O julgamento que pode determinar a responsabilidade da mineradora BHP Billiton pelo rompimento da barragem em Mariana (MG), ocorrido em 2015, teve início nesta segunda-feira (21) em Londres.
A ação, movida pela firma de advocacia Pogust Goodhead (PG), representa 620 mil pessoas, 46 municípios e 1.500 empresas afetadas pelo desastre ambiental, e busca uma indenização que pode chegar a R$ 265 bilhões.
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O rompimento da barragem de Fundão, pertencente à Samarco — joint venture entre a brasileira Vale e a anglo-australiana BHP —, provocou um dos maiores desastres ambientais do Brasil, espalhando resíduos tóxicos por 650 km ao longo do Rio Doce, até o Oceano Atlântico.
O incidente deixou 19 mortos, centenas de desabrigados e milhares de animais mortos, além de comprometer o abastecimento de água para cerca de 280 mil pessoas.
Embora a Justiça brasileira tenha firmado acordos reparatórios no valor de R$ 170 bilhões, o julgamento na Corte de Tecnologia e Construção de Londres busca definir se a BHP será responsabilizada diretamente, o que pode aumentar o valor das indenizações.
A BHP refuta as alegações, argumentando que o processo no Reino Unido duplica os esforços realizados no Brasil, onde a Fundação Renova, criada em 2016, já destinou mais de R$ 37 bilhões em reparações.
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