O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira (29) que tem uma série de reuniões marcadas com o presidente Lula para esta semana. Os encontros ocorrem em meio a elaboração de medidas para cortar gastos do governo federal.
No entanto, o ministro afirmou que não há previsão para a divulgação das medidas. "Não tem uma data, ele (Lula) que vai definir. Mas a gente está avançando a conversa, estamos falando muito com o [Ministério do] Planejamento também", disse a jornalistas.
De acordo com Haddad, a Fazendo vem estudando para "fazer uma coisa ajustadinha". A necessidade das medidas tem sido levantada por analistas desde o começo do governo. Porém, a urgência aumentou nos últimos meses por conta do aumento da dívida pública e da abertura de crédito extraordinário para gastar fora da meta fiscal.
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O objetivo do governo federal é que o déficit fiscal seja zerado até o fim deste ano. Isso significa equiparar receitas e despesas. Para alcançar a meta, a equipe econômica lançou uma série de medidas para aumentar a arrecadação. Contudo, ainda não houve ajustes significativos pelo lado das despesas.
Em agosto, o Tribunal de Contas da União (TCU) alertou para o risco de “shutdown” (paralisação) da máquina pública até 2028. Com base nos dados do governo, o TCU estimou uma redução de 88% no espaço para os chamados “gastos livres”dos ministérios, que não são obrigatórios, mas custeiam políticas públicas.
Segundo a Corte de Contas, o espaço para essas despesas, depois de descontar as emendas e os mínimos com saúde e educação, serão de R$ 11,7 bilhões em 2028. Em 2024, esse valor é de R$ 100,9 bilhões.
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