A maioria da população das favelas e comunidades urbanas no Brasil é negra e parda. Os dados do Censo 2022, divulgados nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o número chega a quase 73%.
Segundo o IBGE, 56,8% dos moradores das favelas localidades são pardos, e 16,1%, pretos. Os que se autodeclaram brancos são 43,5%, e os indígenas 0,8%. Já os amarelos (asiáticos) são 0,4% da população geral e 0,1% das favelas.
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De 2010 para 2022, houve um aumento da população preta nas favelas, de 12,9% para 16,1%, já os pardos passaram de 55,5%, em 2010, para 56,8%. Em contrapartida, foi registrado uma redução da população branca nas favelas, de 30,6% para 26,6%.
Mais jovens
O censo revelou que a população das favelas é mais jovem que a brasileira. Dentro das favelas, a idade média é de 30 anos.
A idade média da população residente no Brasil, em 2022, era 35 anos.
“Um indicador de que esses territórios são formados, proporcionalmente, por população mais jovem que a totalidade da população residente no país”, afirma o IBGE.
Mais mulheres
A pesquisa indicou que 48,3% dos moradores das favelas são homens; e 51,7%, mulheres.
“Esses valores não apresentaram diferença expressiva em relação ao percentual de pessoas do sexo masculino e feminino na população geral, 48,5% e 51,5%, respectivamente”, explica o instituto.
O Censo mostra que mulheres são maioria em todas as faixas etárias, principalmente entre pessoas com 75 anos ou mais de idade (61,9%). Pessoas do sexo masculino, por outro lado, são maioria na faixa etária de 0 a 14 anos (50,9%).
Números totais
A população que mora em favelas cresceu na última década. O número chegou a 16,4 milhões de pessoas, cerca de 8,1% do total da população.
Em 2010, o IBGE tinha identificado 11,4 milhões de pessoas em favelas, 6% do total.
O número de favelas também cresceu. Em 2010, o Brasil tinha 6.329 favelas em 323 municípios. Em 2022, segundo Censo, eram 12.348 favelas distribuídas por 656 municípios.
Esta é a primeira vez desde 1991 que o IBGE usa o termo "favela" para a pesquisa. O instituto havia deixado de utilizar a categoria "Aglomerado Subnormal" para se referir a esses territórios.
Segundo o IBGE, parte do aumento está relacionado a uma melhoria e aperfeiçoamento na coleta dos dados, especialmente em áreas menores.
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