Delator do PCC não quis entrar em programa de proteção para não abrir mão do estilo de vida, diz promotor
Caso ele entrasse no programa, precisaria mudar de casa e deixar de conviver com a família e amigos
11/11/2024 20h37
O delator do PCC executado no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, se recusou a entrar no programa de proteção a testemunhas, de acordo com o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, do Ministério Público de São Paulo.
Em entrevista à GloboNews nesta segunda-feira (11), Gakiya disse que Antonio Vinicius Lopes Gritzbach alegava que podia bancar a própria segurança e não queria abrir mão do estilo de vida que levava. Caso ele entrasse no programa, precisaria mudar de casa e deixar de conviver com a família e amigos.
“O Ministério Público ofereceu a todo momento a inserção do Vinicius no programa de proteção de réu colaborador. Ele, na presença de seus advogados, se negou a ingressar nesse programa. Embora soubesse que corria risco, dizia que podia custear a própria segurança”, disse o promotor.
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No entanto, um vídeo divulgado do empresário dando depoimento mostra que ele chegou a pedir mais segurança ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP) para fechar acordo com promotores contra a facção criminosa e policiais.
"Tenho comprovantes de pagamento, tenho contrato, tenho matrícula, tenho as contas de onde vinham o dinheiro, então dá pra gente fazer o caminho inverso. Tenho as conversas de Whatsapp com os proprietários. Eu apresento, doutor, mas cada vez mais eu preciso de mais segurança. Então, eu precisava de um amparo de vocês também do que eu vou ter. Se não, vocês estão falando com um morto-vivo aqui", disse Gritzbach.
A defesa do delator confirmou que foi opção dele não aceitar a entrada no programa de proteção a testemunhas.
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