Em um comunicado divulgado no Telegram nesta segunda-feira (10), o porta-voz do braço armado do Hamas anunciou que a libertação de reféns, que estava marcada para o próximo sábado (15), irá atrasar.
"A entrega dos prisioneiros sionistas será adiada até novo aviso, até que a ocupação cumpra e compense os direitos das semanas anteriores retroativamente. Reafirmamos nosso compromisso com os termos do acordo, desde que a ocupação também os cumpra", afirma.
De acordo com Abu Ubaida, porta-voz das Brigadas al-Qassam, a decisão foi tomada devido ao fato de que, nas últimas três semanas, Israel cometeu violações e não cumpriu termos do acordo de cessar-fogo, enquanto o Hamas ‘cumpriu todas as suas obrigações’: "Desde o atraso no retorno dos deslocados ao norte da Faixa de Gaza, até o alvo de bombardeios e tiros em várias áreas do setor, e a não entrada de materiais de ajuda de todas as formas conforme acordado", exemplifica.
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Para o ministro da Defesa de Israel, a paralisação da entrega de reféns é uma violação do cessar-fogo, e com isso, instruiu militares a se prepararem para o mais alto nível de prontidão na Faixa de Gaza com o objetivo de defender comunidades.
A última liberação ocorreu no sábado (8), quando três reféns israelenses foram soltos. São eles: Ohad Ben Ami, Eli Sharabi e Or Levy. Em troca, 183 prisioneiros palestinos foram soltos, entre eles, condenados por envolvimento em ataques que mataram dezenas de pessoas.
Pela primeira vez, o Hamas montou uma espécie de palco para exibir os reféns antes de devolvê-los à Cruz Vermelha — que faz a intermediação da devolução de pessoas dos dois lados. Abatidos e visivelmente mais magros, eles vestiam a mesma roupa (um conjunto de moletom marrom) e exibiam uma espécie de certificado. O premiê Benjamin Netanyahu, por sua vez, criticou a ação e disse que não iria “ignorar o que foi visto".
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