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Reprodução | Pixabay
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A intoxicação por metanol pode ser confundida com uma embriaguez comum e até com uma ressaca. Por isso, diante dos casos recentes de intoxicação pelo composto, é preciso ficar atento a sintomas mais graves e procurar um hospital para receber o tratamento correto.

O metanol é um tipo de álcool usado na indústria, principalmente como solvente e combustível. O produto é 30 vezes mais tóxico que o etanol, o álcool presente nas bebidas. Se ingerido, ele pode causar danos irreversíveis ao corpo e levar até à morte.

O toxicologista Alvaro Pucciarelli explica que o consumo deste álcool faz o fígado produzir uma substância chamada ácido fórmico.

O ácido fórmico, ao se acumular no organismo, produz um distúrbio metabólico que tecnicamente nós chamamos de acidose, que é o acúmulo de ácido no organismo. Isso desequilibra os processos internos do organismo”, pontua.

Ainda de acordo com o especialista, se ingerido, o metanol ataca o sistema nervoso central, mais especificamente o nervo óptico, que liga o globo ocular ao cérebro, ou seja, transmite o impulso da visão. “Por isso [o consumo de metanol] pode levar a uma cegueira irreversível”, comenta.

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Como os sintomas iniciais de intoxicação por metanol são parecidos com embriaguez e ressaca, muitos pacientes não procuram atendimento médico nas primeiras horas depois da ingestão da bebida, o que é fundamental para que o tratamento seja eficaz.

“Se você ingeriu uma pequena quantidade de metanol e uma grande quantidade de etanol, esse etanol, de certa forma, pode até bloquear e te proteger durante algumas horas. Então, o efeito pode ser mais tardio. Agora, se você injetou uma dose alta de metanol, os efeitos podem ser bem rápidos”, alerta o hepatologista do centro especializado em aparelho digestivo do hospital alemão Oswaldo Cruz Luis Edmundo Pinto da Fonseca.

Apesar do etanol ser um dos antídotos contra o metanol, o tratamento tem que ser feito em hospitais, onde o paciente recebe o etanol farmacêutico na veia. Outro antídoto é o fomepizol, considerado mais eficaz, mas é um medicamento que precisa ser importado.

Diante do grande número de casos suspeitos, o Ministério da Saúde anunciou a importação de 2.500 tratamentos com o fomepizol. O fornecedor é do Japão. Também houve uma compra emergencial de 150 mil ampolas de etanol farmacêutico, este produzido por empresas brasileiras.

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