Fundação Padre Anchieta

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Televisão

Rádio

Reprodução/ 'O Divino'
Reprodução/ 'O Divino'

Como mencionei aqui na coluna da semana passada, é normal associarmos quadrinhos asiáticos a mangás (ou seja, japoneses). Afinal, eles têm uma tradição enorme que resultou em obras de enorme qualidade – e popularidade.

Mas os outros países asiáticos também têm contribuindo conosco, leitores, com ótimos materiais. Raras na minha infância, as publicações nacionais de HQs asiáticas estão cada vez mais presentes nas livrarias, comic shops e bancas – basta saber procurar. Na semana passada, indiquei obras de China, Coreia do Sul, Índia, Irã e Filipinas. Hoje, vamos a mais uma leva de quadrinhos asiáticos.

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ISRAEL

'O Divino', de Boaz Lavie, Asaf Hanuka e Tomer Hanuka

Reprodução/'O Divino'


Uma história de fantasia com um pé no real. Ambientada em um fictício país asiático, essa aventura mostra um doloroso conflito civil em uma nação que mistura violência, contratos militares e espiritualismo ancestral. Asaf Hanuka é um grande autor, especialmente em seus trabalhos autorais, como 'K.O. em Telavive', inédito por aqui, mas publicado em Portugal.


LÍBANO

'O Jogo das Andorinhas', de Zeina Abirached

Reprodução/'O Jogo das Andorinhas'


Nascida e criada em uma Beirute assolada pela guerra civil, Zeina Abirached mudou-se para a França, onde passou a publicar ótimos quadrinhos sobre seu Líbano natal. Infelizmente, poucos chegaram por aqui, caso do autobiográfico 'O Jogo das Andorinhas', que mostra sua infância nos anos 80 com um olhar inteligente e lírico – o subtítulo da obra é "Morrer Partir Retornar”.


MALÁSIA

'O Menino do Kampung', de Lat

Reprodução/'O Menino do Kampung'


Outra obra autobiográfica sobre a infância, mas esta mais lúdica e menos densa do que a anterior, ambientada em uma guerra civil. Datuk Mohammad Nor bin Mohammad Khalid, que assina com o pseudônimo de Lot, mostra seus primeiros anos no interior da Malásia em uma narrativa delicada, mas que de jeito algum esconde os problemas que enfrentou.


SINGAPURA

'A Arte de Charlie Chan Hock Chye', de Sonny Liew

Reprodução/'A Arte de Charlie Chan Hock Chye'


Na minha opinião, a obra artisticamente mais rica desta lista. O criativo Sonny Liew altera estilos narrativos e gráficos para contar a história do quadrinhista fictício Charlie Chan Hock Chye. A“biografia” dele, por si só, já consiste em uma obra profunda, mas, como se fosse pouco, Sonny Liew narra sutilmente a história de seu país, Singapura – uma nação jovem (sagrou-se independente em 1965) e que enfrentou décadas de conflitos sociopolíticos.


VIETNÃ

'O Peixe Mágico', de Trung Le Nguyen

Reprodução/'O Peixe Mágico'


A obra mais recente desta pequena lista de sugestões, lançada há apenas três anos. Nguyen nasceu em um campo para refugiados vietnamitas localizado nas Filipinas e foi ainda criança para os EUA. Seu álbum de estreia, 'O Peixe Mágico' é uma jornada de autoconhecimento que narra a história de um imigrante vietnamita gay que procura aprender inglês também por meio de livros de contos de fadas.

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