Na última quarta-feira (28), a ginasta americana Simone Biles, maior nome da modalidade, desistiu de disputar a final individual geral da ginástica artística na Olimpíada de Tóquio. Segundo sua equipe médica, a ginasta decidiu priorizar seu bem-estar.
A decisão levantou debates sobre a saúde mental de atletas e no meio esportivo. Ao Jornal da Tarde desta quinta-feira (29), o psiquiatra Saulo Vito Ciasca caracterizou a renúncia do ouro por Biles como um ato de muita coragem.
Leia também: Pigossi e Stefani perdem para suíças, mas ainda disputam a 1ª medalha Olímpica do país no tênis
“Ela estava lá, sob uma pressão psicológica enorme, carregando um peso de um monte de pessoas que esperam muito dela, e ela escolhe cuidar de si. Isso levanta uma luz para a necessidade das pessoas para a saúde mental”, afirmou.
Segundo Saulo, é importante reconhecer os próprios limites, principalmente no caso da Simone Biles, uma mulher negra e atleta olímpica. “A saúde mental também envolve o recorte da interseccionalidade, precisamos entender como as questões identitárias interferem em desfechos negativos na saúde”, explicou o psiquiatra.
Leia também: Matheus Gonche pede cuidado com comentários sobre atletas nas redes sociais
Com relação aos atletas, ele reforçou a importância de saber lidar com o sabotador interno e superar dúvidas que questionam o desempenho, mas também reconheceu como a falta do público na Olimpíada dificulta essa luta.
Veja a entrevista completa do Jornal da Tarde:
REDES SOCIAIS