O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial no Brasil, registrou alta de 0,56% em outubro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A aceleração superou a alta de 0,44% de setembro e elevou o índice acumulado em 12 meses para 4,76%, ultrapassando o teto da meta de inflação do Banco Central, de 4,5%.
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Dois itens tiveram grande influência: a energia elétrica residencial, que subiu 4,74%, e as carnes, com aumento de 5,81%. Juntos, os grupos habitação e alimentação e bebidas foram responsáveis por 0,23 ponto percentual da alta do IPCA.
Em outubro, a tarifa de energia foi ajustada para a bandeira vermelha patamar 2, que acrescenta R$ 7,87 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, comparado à bandeira vermelha patamar 1 de setembro, que custava cerca de R$ 4,46.
No grupo alimentação e bebidas, o aumento das carnes foi o mais expressivo desde novembro de 2020, com impacto de 0,14 ponto percentual no índice geral. O preço de cortes como acém, costela e contrafilé subiu até 9%.
A inflação acumulada em 2024 até agora é de 3,88%, próximo ao teto da meta de 4,5%. A expectativa inicial do mercado era de uma alta mensal de 0,53% e um índice de 4,47% para os últimos 12 meses. Com o resultado, o Comitê de Política Monetária (Copom) intensificou o ciclo de aperto monetário e elevou a taxa de juros em 0,50 ponto percentual, na tentativa de conter a pressão inflacionária.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias de baixa renda e é usado como base para reajustes do salário mínimo, registrou alta de 0,61% em outubro, acumulando 4,60% nos últimos 12 meses.
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