Durante reunião da coordenação da campanha Lula-Alckmin, o candidato à presidência, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou nesta segunda-feira (3) sobre o segundo turno das eleições e os rumos da campanha política até o final do pleito.
"Temos que conversar com todas as pessoas que não votaram conosco. Agora, a escolha não é ideológica. [...] Agora nós vamos conversar com todas as forças políticas que têm voto. Para que a gente consiga somar em um bloco os democratas contra os que não são", disse.
O candidato afirmou que o momento é conversar com as pessoas que não votaram nele no primeiro turno.
“A partir de amanhã, é menos conversa entre nós e mais conversa com os eleitores. [...] Precisamos conversar com aqueles que parecem que não gostam da gente”, destacou.
"No segundo turno, acredito que as coisas serão mais organizadas. E a sociedade brasileira vai aprender com muita rapidez a diferença entre a nossa candidatura", completou.
Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) foram os mais votados e irão decidir a disputa para a presidência da República no segundo turno. Em votação realizada neste domingo (2), o petista ficou com 47,9% dos votos e o atual presidente ficou com 43,65%.
Havia uma pequena expectativa do candidato petista vencer a disputa ainda no primeiro turno, já que algumas pesquisas apontavam Lula com mais de 50% dos votos válidos. Porém, a corrida eleitoral será decidida no dia 30 de outubro.
Os candidatos Ciro Gomes (PDT) recebeu 3,0 % dos votos, Simone Tebet (MDB) teve 4%. Soraya Thronicke (União Brasil), Felipe d'Avila (Novo), Vera (PSTU), Sofia Manzano (PCB), Constituinte Eymael (Democracia Cristã), Léo Péricles (UP), Padre Kelmon (PTB) e Eymael (DC) não tiveram mais de um porcento dos votos.
Mesmo com a vantagem do ex-presidente da República, o atual chefe do Executivo liderou os votos em três regiões do país: Sul (Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina), Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo) e Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul).
Já o petista foi a principal escolha dos eleitores do Norte (Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins) e do Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe).
A maior vantagem de Bolsonaro foi no Sul (54,6% contra 36,8%), enquanto a liderança mais clara de Lula se deu no Nordeste (66,7% contra 27%). O conservador também obteve grande preferência no Centro-Oeste (53,8% contra 37,8%). No Norte (47% a 45,5%) e no Sudeste (47,6% a 42,6%), o duelo foi mais equilibrado.
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