O fisiculturismo é um dos esportes que mais cresce, atualmente, no Brasil. Diversos atletas de diferentes categorias representarão o país no Olympia (campeonato mais importante de todo o esporte, equivalente à 'Copa do Mundo' dos fisiculturistas) deste ano, que acontecerá em Las Vegas no mês de dezembro.
Com a ascensão dos brasileiros - principalmente os homens, já que as mulheres brasileiras já se encontram no mais alto patamar do esporte há muito tempo -, o site da TV Cultura resolveu explicar as principais diferenças das quatro grandes categorias masculinas que disputam a liga profissional da IFBB (Federação Internacional de Fisiculturismo & Fitness).
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Open
Antigamente, essa era a única categoria que existia. Nela, não há limite de peso. Ou seja, os atletas mais impressionantes na questão de tamanho se encontram nela.
Apesar de o volume muscular ser um dos principais fatores para se tornar um campeão, há outros dois critérios de julgamento: o condicionamento, que se dá após os atletas "secarem", e a chamada "linha", que inclui a proporcionalidade entre membros do atleta, a simetria do físico apresentado e a estética do conjunto como um todo.
Esses atletas geralmente se apresentam apenas com uma sunga colorida. O acessório foi definido para que os árbitros possam ver todos os músculos do atleta, desde os bíceps até os glúteos. O atual campeão da categoria Open no Olympia é o egípcio Mamdouh Elssbiay, o "Big Ramy", que tentará seu terceiro título consecutivo em 2022.
Classic Physique
Essa é a categoria que mais cresceu nos últimos anos. Isso porque a Open, por exemplo, parece ter deixado a questão estética de lado em diversas oportunidades. Então, foi criada uma categoria que tem como principal objetivo a proporção e a simetria do físico.
A Classic Physique visa relembrar os "anos dourados" do fisiculturismo, quando os atletas não eram tão grandes, mas preservavam a linha do corpo. Para isso, foi definido um limite de peso de acordo com a altura do atleta. A vestimenta dos fisiculturistas nessa categoria é apenas uma sunga - um pouco maior do que a da Open - preta.
O atual detentor deste título é o canadense Chris Bumstead, ou apenas "Cbum". Com seu 1,86m de altura, o limite de peso que ele pode atingir na pesagem para o campeonato é de 109kg, que compreende atletas de 1,85m até 1,88m. Neste ano, ele chega em Las Vegas para tentar conquistar o tetracampeonato.
Mens's Physique
Talvez a categoria mais controversa do fisiculturismo. Ela foi criada no início da década passada, com o intuito de dar luz ao famoso "shape de praia". No começo, se destacavam os atletas que não eram muito musculosos. Um "tanquinho" e um desenvolvimento razoável de membros superiores eram o bastante para figurar na liga profissional.
Outro critério fundamental da categoria é a desproporção entre a largura dos ombros e da cintura, chamada popularmente de "shape em V". Por ser uma categoria que sempre se atentou ao padrão e nunca instituiu um limite de peso, os atletas começaram a aparecer cada vez mais musculosos. Diferentemente das outras categorias, esses atletas usam uma bermuda para se apresentar.
O atual representante mundial é o estadunidense Brandon Hendrickson, que também tentará seu quarto título do Olympia em 2022.
212
O nome faz alusão às 212 libras, equivalentes a cerca de 96,16kg, estabelecidas como limite de peso da categoria. Diferentemente da Classic Physique, onde o teto varia de acordo com a altura do atleta, essa marcação é definitiva na 212.
Ela foi criada basicamente para ser como a Open dentre os homens mais baixos. Ou seja, quanto mais baixo o fisiculturista é, mais volumoso ele pode ficar sem ultrapassar os 96,16kg.
Isso aconteceu pois é difícil comparar um atleta de 1,85m com outro de 1,65m, por exemplo. O atual campeão da categoria é o também norte-americano Derek Lunsford, que migrará para a Open neste ano.
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