CPI da Covid ouve irmãos Miranda nesta sexta (25) sobre denúncia na compra da vacina Covaxin
Sessão está marcada para começar às 14 horas. Em entrevista na última terça, o deputado Luis Miranda disse que comunicou Bolsonaro sobre o suposto esquema de corrupção
25/06/2021 09h19
A CPI da Covid ouvirá nesta sexta-feira (25), às 14 horas, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e seu irmão Luis Ricardo Fernandes Miranda, servidor do Ministério da Saúde. Eles denunciaram possíveis irregularidades na compra da vacina Covaxin contra a Covid-19 pelo governo federal.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo na última terça (22), o deputado disse que comunicou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre o suposto esquema de corrupção envolvendo a compra da vacina indiana. Ele reafirmou as alegações e disse ter "provas contundentes" da alegação em entrevista à CNN Brasil na quarta (23).
Segundo o parlamentar, seu irmão sofreu pressão para dar andamento à importação do imunizante. O contrato foi firmado pelo valor de R$1,6 bilhão, com cada dose no valor de U$15, preço mais elevado em relação a outras vacinas. A negociação está sob suspeita por conta da quantia elevada e da participação da Precisa Medicamentos, empresa intermediária que representa o laboratório Bharat Biotech no Brasil.
No início da sessão da última quinta-feira (24), o presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM) disse que a comissão enviou um ofício à Polícia Federal para pedir proteção aos irmãos Miranda. Segundo Aziz, a comissão recebeu relatos de ameaças a eles.
Também na quinta (24), o deputado Luís Miranda enviou a Aziz um ofício que pede a prisão do ministro Onyx Lorenzoni, da Secretaria Geral da Presidência, e do assessor Élcio Franco, da Casa Civil. O documento alega que o parlamentar e seu irmão foram ameaçados em público por Onyx e Franco.
Ele citou a coletiva de imprensa realizada na quarta (23), em que os dois representantes do Planalto afirmaram que os irmãos Miranda seriam investigados pela Polícia Federal a pedido de Bolsonaro.
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Veja a nota do Jornal da Tarde:
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