O presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, deixou o país neste domingo (15) após o grupo extremista Talibã cercar a capital Cabul.
Com a fuga de Ghani, o Talibã diz que tomou controle do palácio presidencial. O grupo extremista defendia uma rendição pacífica do governo. O cerco acontece justamente após a saída das tropas dos Estados Unidos do Afeganistão após 20 anos.
O Ministério do Interior disse a agência de notícia Reuters que o presidente embarcou para o Tajiquistão, país que faz fronteira com o Afeganistão no sul. Ainda segundo a agência, o gabinete da Presidência afegã não confirma o deslocamento por “questão de segurança”.
O grupo entrou na capital afegã após horas de cerco. Mais cedo, o Talibã tomou a cidade de Jalalabad, no leste do país, o que fez Cabul ser a única metrópole sob o comando do governo federal.
Leia também: Número de vítimas do terremoto que atingiu Haiti chega a 724 neste domingo (15)
Por conta dos acontecimentos de hoje, diplomatas americanos que trabalham na Embaixada do país deixaram o Afeganistão. O governo do Reino Unido pediu para que os cidadãos voltem para a Europa.
Contexto
O Talibã toma o poder no Afeganistão logo depois o exército americano deixar o país. Há 20 anos, o grupo extremista foi expulso de Cabul pelos Estados Unidos, após os ataques de 11 de setembro de 2001.
Em abril, o presidente Joe Biden anunciou a retirada de todas as tropas do país até 11 de setembro. O Talibã avançou rapidamente depois de que a maior parte das forças lideradas pelos EUA deixaram o país em julho.
A queda de Cabul ocorre antes do previsto pelas autoridades norte-americanas.
REDES SOCIAIS