STF remarca julgamento de ações que questionam política armamentista de Bolsonaro
As ações colocam em cheque a constitucionalidade de decretos que flexibilizam porte e tributação de armas
09/09/2021 09h23
O Supremo Tribunal Federal (STF) vai retomar o julgamento de ações contrárias à política armamentista de Jair Bolsonaro (sem partido) no próximo dia 17, sexta-feira que vem.
Anteriormente, a suprema corte já passou por essas ações em plenário virtual. No entanto, pedidos de vista de Alexandre de Moraes fizeram com que a análise dos temas fosse adiada.
Como o ministro devolveu os processos na última quarta-feira (8), os julgamentos puderam ser agendados novamente. O momento é um dos mais delicados da relação entre o STF e o Presidente da República.
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As ações, que têm como relatores Edson Fachin, Rosa Weber e o próprio Moraes, visam questionar a constitucionalidade dos decretos emitidos pelo Governo Federal que alteram regras para posse e tributação das armas de fogo.
Nos atos do Dia da Independência, Bolsonaro ameaçou a democracia e disse que não irá acatar nenhuma decisão de Moraes. Como resposta, o presidente da corte alegou crime de responsabilidade em suas falas. Luiz Fux também disse que ninguém fechará o STF.
Dentre as tentativas de flexibilizar o armamento da população do governo Bolsonaro, estão a extinção da alíquota para importação de revólveres e pistolas, a revogação de portarias sobre o rastreamento e marcação de armamento e munições no país e o aumento do limite de armas e de balas que um civil pode adquirir, por exemplo.
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