Em evento realizado pelo Ministério das Comunicações nesta terça-feira (14), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que "fake news faz parte da nossa vida". "Quem nunca contou uma mentirinha para a namorada?", comentou o chefe do Executivo.
"Hoje em dia, o fake news morre por si só, não vai para frente", continuou o presidente. Ele ainda afirmou que é "um dos que mais sofre com fake news": "Se for levar em conta o que se fala do presidente nas redes sociais, eu duvido que [alguém] apanha mais do que eu. Mas, em nenhum momento recorri ao Judiciário para tentar reparar isso. Entendo que o fake news é quase um apelido. Se colocar um apelido e ficar chateado, vai pegar o apelido".
Bolsonaro disse não ser preciso regular a disseminação das fake news, com ressalva para casos de falsas acusações de estupro. Para ele, "comunicação é liberdade" e "é melhor viver em liberdade do que viver sem liberdade".
Estudo feito por pesquisadores do MIT publicado na revista Science em 2018 apontou que um notícia 'fake' tem 70% de chance a mais de ser compartilhada e, consequentemente, atingir mais pessoas. No Brasil, as fake news são entrave para a superação da pandemia de Covid-19. O principal alvo do conteúdo falso são as vacinas contra a doença, de acordo com pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Núcleo de Pesquisa em Jornalismo e Comunicação da Universidade Federal do Piauí (UFPI).
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A cerimônia de entrega do Prêmio Marechal Rondon de Comunicações contou também com a presença de Michelle Bolsonaro, primeira-dama, de Rodrigo Pacheco e Arthur Lira, presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, além de Dias Toffoli, ministro do Supremo Tribunal Federal. Filho do presidente, Flávio Bolsonaro foi um dos homenageados.
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