Representante internacional dos refugiados da etnia Rohingya de Mianmar, o professor Mohibullah (50) foi morto a tiros em um campo de refugiados em Bangladesh por homens desconhecidos na noite da última quarta-feira (29), disse a polícia local.
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Mohibullah era um importante líder do grupo e também era o porta-voz que representava o grupo étnico muçulmano em reuniões internacionais. Ele visitou a Casa Branca em 2019 para uma reunião sobre liberdade religiosa com o então presidente dos Estados Unidos Donald Trump, e falou sobre o sofrimento e a perseguição enfrentada pelos Rohingya em Mianmar.
No mesmo ano, ele foi duramente criticado pela mídia local de Bangladesh depois de liderar uma manifestação de 200.000 refugiados para marcar o segundo aniversário da repressão pelos militares de Mianmar, o que fez com que cerca de 700.000 Rohingya, incluindo Mohibullah, fugissem para o país vizinho.
O líder Rohingya foi levado para um hospital, onde foi declarada a sua morte. Nenhum grupo assumiu a responsabilidade até o momento e ainda não está claro quem esteve por trás do ataque.
A perseguição aos Rohingyas começou em 2017 e incluiu violações étnicas, assassinatos e o incêndio de milhares de casas. Desde então, Bangladesh abriga mais de 1,1 milhão de refugiados Rohingyas de Mianmar, após diversas ondas de perseguição.
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