O Conselho de Ética da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) abriu, na última quarta-feira (5), um um processo que pede a cassação do mandato da deputada estadual Isa Penna (PCdoB) por quebra de decoro parlamentar com o delegado Fernando Carvalho Gregório.
Segundo informações do UOL, a denúncia foi feita pelo deputado Coronel Telhada (PP) e diz respeito à confusão com o delegado Fernando Carvalho Gregório, em junho. Na ocasião, o delegado soltou Demétrius Oliveira de Macedo, procurador que espancou a colega de trabalho Gabriela Samadello Monteiro de Barros, na Prefeitura de Registro, interior de São Paulo.
Leia também: Fernando Haddad diz que “aliança de Rodrigo com Bolsonaro estava fechada antes da eleição”
O momento em que Isa Penna cobrou o delegado foi gravado em vídeo. “"Você está me dizendo que você olhou para a cara daquela mulher, que está de olho roxo, que nunca vai esquecer isso na vida dela, e você mandou ela para casa e liberou o agressor dela? Sem pedir uma medida protetiva que fosse?", disse a deputada na época.
No Twitter, Penna questionou a abertura do inquérito por quebra de decoro. “Pra vocês, defender a vida das mulheres é motivo para investigação?”, questionou. “Pergunto isso porque foi aberto um inquérito contra mim por quebra de decoro por enfrentar o agressor da promotora Gabriela, espancada em junho desse ano”, explicou na publicação.
Veja:
Em entrevista ao UOL, a deputada afirmou que se fosse falar com o delegado Fernando Carvalho Gregório agora, “não teria sido daquele jeito”. “Mas havia um contexto de intimidação e a minha revolta com a indiferença dele em relação a uma tentativa de feminicídio", disse.
Leia também: "Não é corte, chama-se contingenciamento”, diz Bolsonaro sobre bloqueio de R$ 2.4 bilhões na Educação
"Obviamente que seu fosse falar agora com ele, não teria sido daquele jeito, mas havia um contexto de intimidação e a minha revolta com a indiferença dele em relação a uma tentativa de feminicídio", afirmou Penna.
Relembre o caso
Ele é acusado de agressão contra a procuradora Gabriela Samadello Monteiro de Barros, 39. A situação aconteceu no dia 20 de junho na Prefeitura de Registro, interior de São Paulo. A ação foi filmada por outra funcionária e o mostra dando socos e chutes na colega.
A Justiça de São Paulo negou o pedido de liberdade feito pela defesa do procurador Demétrius Oliveira de Macedo, em julho.
REDES SOCIAIS