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Bolsonaro muda discurso e sinaliza 'veto parcial' do fundo eleitoral, que pode ficar em R$ 4 bi

"Espero não apanhar muito do pessoal. [...] Se começar a bater muito, vão escolher no 2º turno Lula ou Ciro", disse o presidente, que não explicou como funcionaria veto de "excesso" do valor


26/07/2021 20h44

Depois de afirmar em mais de uma ocasião que vetaria o fundo eleitoral aprovado em R$ 5,7 bilhões pelo Congresso Nacional, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sinalizou mudança no discurso e sugeriu que o valor pode ficar próximo de R$ 4 bilhões. 

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Em conversa com apoiadores na manhã desta segunda (26), o presidente disse que vetará o "excesso" do recurso chamado informalmente de "fundão", mas não explicou como isso será feito. As declarações foram registradas por um canal bolsonarista no YouTube.

"Parabéns ao presidente por vetar os R$ 6 bilhões do fundão!", diz um apoiador, que não aparece no vídeo. Em seguida, outros presentes aplaudem e comemoram.

Bolsonaro, então, explica: "Deixar claro uma coisa: vai ser vetado o excesso do que a lei garante. A lei de quase 4 bilhões, o fundo. O extra de 2 bilhões vai ser vetado. Se eu vetar o que está na lei, estou incurso em crise de responsabilidade".

"Espero não apanhar do pessoal aí, como sempre. Porque se o pessoal começar a bater muito, vão escolher no 2º turno Lula ou Ciro", continua o mandatário. 

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O Fundo Especial de Financiamento de Campanha é a parte do orçamento público destinada às campanhas políticas de 2022. Há nove dias, o Congresso aprovou o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) com a previsão do aumento do valor de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões. Se o veto parcial citado por Bolsonaro se concretizar, valor final será de aproximadamente o dobro do anterior. 

Parlamentares da base governista, como Carla Zambelli e Bibo Nunes, ambos do PSL, foram criticados nas redes sociais por terem votado "sim" à proposta depois de se posicionarem publicamente contra o fundo eleitoral. Os filhos do presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), também votaram a favor.

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