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Divulgação/Rodrigo Nunes/Ministério da Saúde
Divulgação/Rodrigo Nunes/Ministério da Saúde

Um estudo realizado pelo Observa Infância, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com o Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto (Unifase), apontou que o Brasil nunca esteve em patamares tão baixos de proteção contra doenças imunopreveníveis, desde que as campanhas começaram a ser realizadas em larga escala.

Segundo divulgado pelo Ministério da Saúde, o Brasil fechou o ano de 2021 com apenas 76% das crianças menores de 1 ano imunizadas contra a doença. Dados preliminares de 2022 registraram queda ainda mais acentuada no último ano, com 75,2% de crianças vacinadas.

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A pesquisa levou em conta as doses aplicadas em menores de 1 ano (faixa etária ideal para aplicação da vacina, logo após o nascimento) e o número de nascidos vivos naquele mesmo ano.

A sequência de baixas na proteção vem desde 2019, ano em que o percentual de vacinados foi de 72,6% ante quase 86% registrados em 2018. Veja abaixo os percentuais dos últimos cinco anos:

- 2018: 86%;

- 2019: 72,6%;

- 2020: 83,4%;

- 2021: 76,2%;

- 2022: 75,2% (dados preliminares).

De acordo com a pesquisadora e coordenadora do Observa Infância, Patricia Boccolini, a insegurança alimentar é um dos fatores que tem levado à queda da vacinação nos últimos anos e não só contra a hepatite B, mas também contra outras doenças. “O que vimos nos últimos anos foi o aumento da vulnerabilidade da população. Então se torna mais urgente pra família o que eles vão almoçar ou jantar e, com isso, a vacinação acaba se tornando uma preocupação secundária”, alerta a pesquisadora.

“Imunização não é um assunto que deve ser só do Ministério da Saúde. Envolve também a educação e o desenvolvimento social, por exemplo, pela necessidade de busca ativa. As escolas têm um papel fundamental nesse resgate das altas coberturas, porque elas devem ser não só um lugar de educação em saúde, mas um polo de vacinação", destaca a pesquisadora.

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Frente ao cenário de risco de reintrodução de doenças no Brasil, o Ministério da Saúde inicia, no próximo dia 27 de fevereiro, uma série de campanhas de vacinação. As etapas e fases da campanha foram organizadas de acordo com os estoques existentes, as novas encomendas realizadas e os compromissos de entregas assumidos pelos fabricantes das vacinas.