Notícias

Trump se declara inocente em tribunal; ex-presidente é acusado de tentar reverter o resultado das eleições

Principal candidato do Partido Republicano, ex-presidente dos EUA recebeu a terceira acusação criminal num período de quatro meses


03/08/2023 20h05

Após ter sido formalmente acusado de tentar reverter ilegalmente o resultado das eleições presidenciais de 2020, o ex-presidente dos EUA Donald Trump disse nesta quinta-feira (3) que é inocente. A afirmação foi proferida diante do tribunal federal, em Washington.

Trump teria chegado um pouco antes do horário da audiência. Depois de declarar inocência para a juíza Moxila Upadhyaya, responsável pelo caso, Trump foi liberado. No dia 28 de agosto ele deverá se apresentar novamente ao tribunal para dar andamento no processo.

Um grupo de manifestantes acompanhou a sessão do lado de fora do prédio judicial.

Foto: Reprodução/Getty Images 

Quando viajava de Nova Jersey para Washington na tarde desta quinta-feira, Trump fez uma publicação na rede Truth Social:

"Estou a caminho de Washington, D.C., para ser preso por ter desafiado uma eleição corrupta, manchada e roubada. É uma grande honra, porque estou sendo preso por vocês. Faça os EUA grandes novamente!", afirmou. 

Principal candidato do Partido Republicado para as eleições de 2024, ele se tornou réu pela terceira vez num período de quatro meses.

Segundo a promotoria, a invasão ao Capitólio no dia 6 de janeiro de 2021, que terminou com cinco mortes, também é analisada como parte da tentativa de deslegitimar a vitória do opositor democrata, Joe Biden.


Entenda o caso

O ex-chefe de estado foi acusado nesta semana por quatro crimes:

- Conspiração para defraudar os Estados Unidos;
- Conspiração contra direitos dos norte-americanos;
- Conspiração para obstruir um procedimento oficial;
- Obstrução e tentativa de obstrução de um procedimento oficial.

"O ataque de 6 de janeiro de 2021 foi um ataque sem precedentes à democracia, foi motivado por mentiras do réu porque ele não queria a contagem e a certificação do resultado das eleições", afirmou o procurador Jack Smith, que lidera o processo.

De acordo com a procuradoria, Trump contou ainda com seis cúmplices, que não tiveram seus nomes revelados.

O empresário e político enfrenta ainda outros processos criminais. Dentre eles, a suspeita de ter desviado documentos sigilosos do governo para sua própria residência e uma suposta compra de silêncio de uma atriz pornô durante as eleições de 2016.

Leia também: CPI do 8 de janeiro convoca hacker preso pela Polícia Federal


Trump já havia negado as acusações

Na última terça-feira (1º), data que foi indiciado, o ex-presidente foi às redes sociais para alegar que não cometeu crime e que tudo não se passava de uma perseguição de Biden.

“Isso nada mais é do que o último capítulo corrupto na contínua tentativa patética da família do crime Biden e seu departamento de justiça armado para interferir na eleição presidencial de 2024”, afirmou um comunicado de Trump.

A publicação do republicano também comparou as acusações norte-americanas às ações de regimes ditatoriais.

"A ilegalidade dessas perseguições ao presidente Trump e seus apoiadores lembra a Alemanha nazista na década de 1930, a ex-União Soviética e outros regimes autoritários e ditatoriais".

Os Estados Unidos terão em 2024 novas eleições presidenciais. Tanto Biden como Trump já disseram que pretendem ser candidatos ao cargo.

Leia também: Aos 47 anos, Cristiano Zanin toma posse como novo ministro do STF

ÚLTIMAS DO FUTEBOL

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

“Liberdade de expressão não é liberdade de agressão”, afirma Alexandre Moraes

Dólar fecha no maior nível em seis meses; Ibovespa registra queda

+Milionária: Veja dezenas e trevos sorteados nesta quarta-feira (10)

Câmara mantém prisão de deputado Chiquinho Brazão

Combate à solidão: idosos vão receber "pets robôs" no Reino Unido