A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) divulgou, nesta quinta-feira (26), que as perdas com incêndios causaram um prejuízo estimado de R$ 14,7 bilhões. O número considera o período de junho a agosto de 2024.
A organização também contabilizou danos em 2,8 milhões de hectares de propriedades rurais do país.
Os estados com maior prejuízo foram São Paulo (R$ 2,8 bilhões), Mato Grosso (R$ 2,3 bilhões), Pará (R$ 2 bilhões) e Mato Grosso do Sul (R$ 1,4 bilhão).
De acordo com comunicado da CNA, a estimativa considera aspectos como perda de matéria orgânica, produção, redução na produtividade, cercas em áreas de pastagem e potássio e fósforo nas camadas superficiais do solo.
O valor das perdas foi divido em quatro culturas: pecuária e pastagem (R$ 8,1 bilhões), cercas (R$ 2,8 bilhões), cana-de-açúcar (R$ 2,7 bilhões) e outras culturas temporárias e permanentes (R$ 1,0 bilhão).
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A entidade sindical, que atua na defesa dos interesses dos produtores rurais brasileiros, elaborou ainda um documento com orientações para os que são impactados pelas queimadas.
O texto traz recomendações do que fazer de forma preventiva e de ações sugeridas durante e após os incêndios, a fim de evitar "prejuízos econômicos e sanções ambientais".
"Os produtores rurais são, com certeza, os maiores prejudicados com os incêndios, já vista que na maioria dos casos a destruição acontece em áreas de produção ou de conservação florestal, atingindo benfeitorias, maquinários, culturas e rebanhos", diz trecho do comunicado.
Por outro lado, dados do MapBiomas revelam que, entre 1985 e 2022, a área da agricultura no Brasil cresceu 95,1 milhões de hectares. Em 2022, a agropecuária já ocupava 33% da área do país e suas emissões respondiam por cerca de 27% do total de 2,3 bilhões de toneladas de gases de efeito estufa (GEE) lançados pelo Brasil na atmosfera.
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